PELA UNIDADE PARTIDÁRIA
Vitória da Conquista, 22 de julho de
2019.
A militância do Partido
dos Trabalhadores, que sempre teve um papel fundamental nesta histórica trajetória
de existência do nosso Partido, terá novamente a missão de contribuir para
reorganizar nossa ação política e preparar nossas instâncias para os embates
que o futuro nos reserva. Para isso, a nossa unidade é o principal motor que
conduzirá nosso partido à vitória novamente.
É com este espírito, que me dirijo a
cada um e cada uma militante do PT, não somente para fazer uma convocação
geral, mas também se lembrar do compromisso e da responsabilidade de todos nós
para com a retomada dos nossos ideais políticos e a consolidação do nosso sonho
maior de construir um país mais justo e igualitário.
A última eleição para prefeito de
Vitória da Conquista oferece uma rica experiência que aprimora o processo
democrático petista, tanto na nossa cidade quanto no Estado. Em um exame
rápido, duas reflexões despontam: que na política nada é definitivo e por isto
podemos chegar a um entendimento e que o tempo correto para a tomada de
decisões é determinante no êxito eleitoral, por isto não somos nós que definimos.
Durante alguns anos, o partido, em
âmbitos municipal e estadual, esteve à mercê de “representações diferentes” e
de disputas internas que fragilizaram nossa posição. Em Vitória da Conquista, o
destino parecia invariavelmente selado, até que uma reviravolta colocasse o
partido do nosso oponente na frente das pesquisas. A campanha que se seguiu
deixou claro que nem sempre é possível curar feridas e unificar todos os
projetos em torno de um objetivo comum se não houver verdadeiramente, vontade
política.
José Raimundo não venceu. Mas os
42,42% de votos recebidos, além de consolidarem o partido como principal força
de oposição na cidade revelou a percepção positiva que o eleitorado tem do PT,
mesmo no período em que a mídia reacionária estrategicamente levantou a lona do
“julgamento do século”. Foram três meses de campanha exaustiva e quase
vitoriosa. Tivéssemos mais algum tempo para relembrar nossas contribuições
históricas na capital do Sudoeste, talvez ganhássemos a prefeitura.
Novamente, estamos diante a esse
impasse de construir uma unidade e consolidá-la no tempo correto. Temos o dever
de buscar como eixos deste projeto, manter a unidade de ação, orgânica e
política do partido. Esta unidade tem que ter início no PED e através de um
esforço de todos para construir este consenso e esta verdade. Unidade não é
centralismo democrático, mas estimular a participação de todos os filiados na
atividade política, assegurando-lhes a mais ampla democracia interna e o
pluralismo de ideias para manter a unidade de ação, orgânica e política do
Partido.
Com a percepção de chances reais do
PT conquistar o governo em Conquista, aumenta ainda mais a nossa
responsabilidade. Desta forma, temos que trazer para as disputas internas do
partido o mesmo espírito de unidade que se consolida em torno do nome do
Companheiro Lula. Para que isso ocorra, é necessário que todos que pleiteiam a
direção do PT-VC acreditem que é possível um consenso e não basta só acreditar
é preciso apresentar propostas para isto e demostrar através de gestos
concretos que é possível.
Esse gesto de amadurecimento
democrático deve começar através de suas lideranças, para chegar com força e
vigor aos filiados. Não negando e reconhecendo que as pretensões e interesses
de todos os filiados e correntes são legítimos. Não podemos repetir os erros.
Abdicar de um partido unificado para disputar o governo em Vitória da
Conquista, em nome de projetos menores, é um erro que só nos levará à derrota.
Padre Carlos
“A vida não é só
isso que se vê.”