segunda-feira, 22 de julho de 2019

ARTIGO - PELA UNIDADE PARTIDÁRIA ( Padre Carlos )




PELA UNIDADE PARTIDÁRIA



Vitória da Conquista, 22 de julho de 2019.


           

            A militância do Partido dos Trabalhadores, que sempre teve um papel fundamental nesta histórica trajetória de existência do nosso Partido, terá novamente a missão de contribuir para reorganizar nossa ação política e preparar nossas instâncias para os embates que o futuro nos reserva. Para isso, a nossa unidade é o principal motor que conduzirá nosso partido à vitória novamente.
            É com este espírito, que me dirijo a cada um e cada uma militante do PT, não somente para fazer uma convocação geral, mas também se lembrar do compromisso e da responsabilidade de todos nós para com a retomada dos nossos ideais políticos e a consolidação do nosso sonho maior de construir um país mais justo e igualitário.
            A última eleição para prefeito de Vitória da Conquista oferece uma rica experiência que aprimora o processo democrático petista, tanto na nossa cidade quanto no Estado. Em um exame rápido, duas reflexões despontam: que na política nada é definitivo e por isto podemos chegar a um entendimento e que o tempo correto para a tomada de decisões é determinante no êxito eleitoral, por isto não somos nós que definimos.
            Durante alguns anos, o partido, em âmbitos municipal e estadual, esteve à mercê de “representações diferentes” e de disputas internas que fragilizaram nossa posição. Em Vitória da Conquista, o destino parecia invariavelmente selado, até que uma reviravolta colocasse o partido do nosso oponente na frente das pesquisas. A campanha que se seguiu deixou claro que nem sempre é possível curar feridas e unificar todos os projetos em torno de um objetivo comum se não houver verdadeiramente, vontade política.
            José Raimundo não venceu. Mas os 42,42% de votos recebidos, além de consolidarem o partido como principal força de oposição na cidade revelou a percepção positiva que o eleitorado tem do PT, mesmo no período em que a mídia reacionária estrategicamente levantou a lona do “julgamento do século”. Foram três meses de campanha exaustiva e quase vitoriosa. Tivéssemos mais algum tempo para relembrar nossas contribuições históricas na capital do Sudoeste, talvez ganhássemos a prefeitura.
            Novamente, estamos diante a esse impasse de construir uma unidade e consolidá-la no tempo correto. Temos o dever de buscar como eixos deste projeto, manter a unidade de ação, orgânica e política do partido. Esta unidade tem que ter início no PED e através de um esforço de todos para construir este consenso e esta verdade. Unidade não é centralismo democrático, mas estimular a participação de todos os filiados na atividade política, assegurando-lhes a mais ampla democracia interna e o pluralismo de ideias para manter a unidade de ação, orgânica e política do Partido.
            Com a percepção de chances reais do PT conquistar o governo em Conquista, aumenta ainda mais a nossa responsabilidade. Desta forma, temos que trazer para as disputas internas do partido o mesmo espírito de unidade que se consolida em torno do nome do Companheiro Lula. Para que isso ocorra, é necessário que todos que pleiteiam a direção do PT-VC acreditem que é possível um consenso e não basta só acreditar é preciso apresentar propostas para isto e demostrar através de gestos concretos que é possível.
            Esse gesto de amadurecimento democrático deve começar através de suas lideranças, para chegar com força e vigor aos filiados. Não negando e reconhecendo que as pretensões e interesses de todos os filiados e correntes são legítimos. Não podemos repetir os erros. Abdicar de um partido unificado para disputar o governo em Vitória da Conquista, em nome de projetos menores, é um erro que só nos levará à derrota.
           

Padre Carlos


“A vida não é só isso que se vê.”


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