O futuro
começa na urna.
Às vésperas de mais um ano eleitoral,
programada para outubro 2020, os brasileiros se voltarão para aquele que é o
momento mais importante e que definirá os destinos das nossas cidades – pelos
próximos quatro anos.
À primeira vista, alguns podem até
imaginar que Bolsonaro e suas reformas assassinas, fazem parte de uma realidade
distante e que pouco tem a ver com o voto local. Entretanto, talvez tenha sido
justamente por relegar o momento eleitoral a segundo plano que hoje a sociedade
brasileira assiste incrédula, o desmonte do Estado Brasileiro sendo vendido os
seus patrimônios a preço de banana e o descaso com as coisas públicas.
O Brasil só
vai voltar a crescer e ter esperança novamente, se essa mudança começar nas
cidades, com a eleição de prefeitos e vereadores dignos do nosso voto e da
nossa confiança.
Afinal,
não vivemos nos Estados ou na União, mas nos bairros, nos municípios, nas
cidades, e é nelas que devemos exercer, primordialmente, nossos direitos e
deveres como cidadãos. Entre eles, está o compromisso do voto – e o objetivo
comum a todos deve ser escolher os melhores representantes para os Executivos e
Legislativos municipais e temos parâmetros para medir.
Em meio à maior recessão da história
brasileira, gerada pela incompetência e irresponsabilidade do governo que aí
está e que não tem projeto de desenvolvimento, fica difícil para qualquer
prefeito administrar sua cidade. A condução da nossa economia, não pode ser terceirizada
segundo os interesses do sistema financeiro. Não será fácil para o Brasil se
recuperar desta crise criada pela inercia de politicas de desenvolvimento, e
retomar o caminho do patamar que alcançamos nos governos de Lula e Dilma.
Precisamos
com urgências de medidas necessárias para fazer o país voltar a crescer. Por
isto, temos que escolher verdadeiros administradores para vencer esta crise e
colocar no comando das Prefeituras das cidades brasileiras políticos capazes e
responsáveis para levar adiante essa tarefa de reconstrução nacional.
Seja nos
pequenos, médios ou grandes municípios, a atuação de gestores públicos
conscientes do momento enfrentado pelo país será determinante para superarmos a
terrível herança desta crise criada pela direita brasileira.
Apesar
de está sendo importante para o Brasil a Vasa Jato, onde passamos a tomar
conhecimento de nossas instituições e a forma como O Ministério Público e o
Judiciário interferiram no processo eleitoral, precisamos voltar a acreditar na
democracia, apesar de achar que temos que tomar medidas extremas para punir
quem cometeu ilegalidades – mas, evidentemente, não podem ser motivo de júbilo
ou comemoração por quem quer que seja.
O ideal
é que vivêssemos em um país no qual procurador e juiz se comportassem de forma
digna no exercício do cargo e concluíssem seus inquéritos de forma imparcial.
Se, por um lado, a anulação destas sentenças demonstra o reconhecimento das
injustiças cometido a algumas pessoas, o vigor da democracia brasileira, por
outro também escancara o quanto ainda estamos distantes do país que queremos
construir.
As
eleições municipais que se aproximam podem significar o primeiro capítulo de
uma nova página que os brasileiros começarão a escrever.
O
tamanho do nosso compromisso e a responsabilidade com a qual exerceremos nosso
direito inalienável ao voto será proporcional às chances de transformarmos as
cidades e o país.
Padre Carlos