quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ARTIGO - O futuro começa na urna. ( Padre Carlos )





O futuro começa na urna.



            Às vésperas de mais um ano eleitoral, programada para outubro 2020, os brasileiros se voltarão para aquele que é o momento mais importante e que definirá os destinos das nossas cidades – pelos próximos quatro anos.
            À primeira vista, alguns podem até imaginar que Bolsonaro e suas reformas assassinas, fazem parte de uma realidade distante e que pouco tem a ver com o voto local. Entretanto, talvez tenha sido justamente por relegar o momento eleitoral a segundo plano que hoje a sociedade brasileira assiste incrédula, o desmonte do Estado Brasileiro sendo vendido os seus patrimônios a preço de banana e o descaso com as coisas públicas.
     O Brasil só vai voltar a crescer e ter esperança novamente, se essa mudança começar nas cidades, com a eleição de prefeitos e vereadores dignos do nosso voto e da nossa confiança.
      
      As eleições do ano que vem, tem uma dimensão e uma importância ainda maior nesta quadra delicada pela qual passa o país. O poder local é fundamental e deve ser fortalecido, não apenas de forma institucional, tem que se dá também com os movimentos populares e as forças de esquerdas.
            Afinal, não vivemos nos Estados ou na União, mas nos bairros, nos municípios, nas cidades, e é nelas que devemos exercer, primordialmente, nossos direitos e deveres como cidadãos. Entre eles, está o compromisso do voto – e o objetivo comum a todos deve ser escolher os melhores representantes para os Executivos e Legislativos municipais e temos parâmetros para medir.
            Em meio à maior recessão da história brasileira, gerada pela incompetência e irresponsabilidade do governo que aí está e que não tem projeto de desenvolvimento, fica difícil para qualquer prefeito administrar sua cidade. A condução da nossa economia, não pode ser terceirizada segundo os interesses do sistema financeiro. Não será fácil para o Brasil se recuperar desta crise criada pela inercia de politicas de desenvolvimento, e retomar o caminho do patamar que alcançamos nos governos de Lula e Dilma.
            Precisamos com urgências de medidas necessárias para fazer o país voltar a crescer. Por isto, temos que escolher verdadeiros administradores para vencer esta crise e colocar no comando das Prefeituras das cidades brasileiras políticos capazes e responsáveis para levar adiante essa tarefa de reconstrução nacional.
            Seja nos pequenos, médios ou grandes municípios, a atuação de gestores públicos conscientes do momento enfrentado pelo país será determinante para superarmos a terrível herança desta crise criada pela direita brasileira.
            Apesar de está sendo importante para o Brasil a Vasa Jato, onde passamos a tomar conhecimento de nossas instituições e a forma como O Ministério Público e o Judiciário interferiram no processo eleitoral, precisamos voltar a acreditar na democracia, apesar de achar que temos que tomar medidas extremas para punir quem cometeu ilegalidades – mas, evidentemente, não podem ser motivo de júbilo ou comemoração por quem quer que seja.
            O ideal é que vivêssemos em um país no qual procurador e juiz se comportassem de forma digna no exercício do cargo e concluíssem seus inquéritos de forma imparcial. Se, por um lado, a anulação destas sentenças demonstra o reconhecimento das injustiças cometido a algumas pessoas, o vigor da democracia brasileira, por outro também escancara o quanto ainda estamos distantes do país que queremos construir.
  
          A jornada é longa, o caminho é tortuoso, mas o processo é inevitável. Não há outra possibilidade de desenvolvimento para o Brasil além do voto consciente e da fiscalização permanente dos representantes que elegemos.
            As eleições municipais que se aproximam podem significar o primeiro capítulo de uma nova página que os brasileiros começarão a escrever.
            O tamanho do nosso compromisso e a responsabilidade com a qual exerceremos nosso direito inalienável ao voto será proporcional às chances de transformarmos as cidades e o país.


Padre Carlos

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