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segunda-feira, 24 de agosto de 2020
ARTIGO - Um sacrifício pelo Brasil ( Padre Carlos )
sábado, 22 de agosto de 2020
ARTIGO - E o vice de Zé? (Padre Carlos)
E o vice de Zé?
Quando o prefeito Herzem Gusmão, apresentou a presidente licenciada da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória da Conquista, no sudoeste, Sheila Lemos (DEM), como a parceira de chapa nas eleições deste ano, não estava apresentando apenas a filha da atual vice-prefeita, mas selando uma aliança com um setor da sociedade que estava alinhado ao petismo durante as duas décadas de administração da Frente Conquista Popular e por falta de uma avaliação mais pragmática, terminou perdendo a quatro anos atrás. Sempre achei um erro da esquerda e em especial do Partido dos Trabalhadores na nossa cidade, de não dar a devida atenção para a escolha do vice na chapa majoritária. Desta forma, as atenções sempre se voltaram para os candidatos titulares
da chapa concorrente.
O tempo não é do candidato ou do partido, o
tempo é da política. O tempo de haver um acordo mínimo em torno de um nome. Não
pode ser uma decisão monocrática, não só do candidato, não só do partido
dirigente, mas de todos os aliados.
A figura do vice tem se mostrado importante na
composição de alianças e neste momento o partido precisa deslocar parte da
força do seu adversário. Oferecer a vaga de vice numa chapa a um integrante de
outro partido pode significar tempo adicional de propaganda no rádio e na
televisão, e pode ainda atrair para a coligação outras legendas aliadas do
partido ao qual o vice pertence. Quero lembrar aqui que em 2003, o então
candidato Luiz Inácio Lula da Silva abriu mão de integrantes de partidos
tradicionalmente aliados e escolheu o empresário José Alencar do PL. O vice
também serve para atrair outro tipo de eleitor, que o candidato tem dificuldade
de alcançar.
Quando levanto estas questões, quero chamar a
atenção dos dirigentes do partido para se pronunciarem a respeito do assunto. Qual a importância
do vice nesta eleição para o PT? Não
podemos esquecer que a eleição de 2022, está sendo jogada agora e quem é nosso
aliado hoje, amanhã pode não ser. Além disso, após o companheiro de
chapa, o vice é a pessoa mais próxima do poder. E para isto precisamos compor
com um partido da base que represente força política para governar e densidade
eleitoral para ajudar na eleição. Um bom companheiro de chapa e o seu partido,
pode colaborar e muito na gestão pública, dialogando com a sociedade
e somando forças com o titular.
terça-feira, 18 de agosto de 2020
ARTIGO No Brasil, a justiça tarda e falha (Padre Carlos)
No Brasil, a justiça tarda e falha
Na época, procuradores
endossaram essa ilegalidade para impedir a nomeação de Lula para a Casa Civil.
A ida de Lula para o ministério de Dilma poderia ter evitado o impeachment, de
acordo com entrevistas do ex-presidente Michel Temer e do ex-senador Aloysio
Nunes Ferreira. O emedebista Temer e o tucano Aloysio são adversários do PT e
foram beneficiados pelo golpe parlamentar alimentado pela Lava Jato. Por isto
esta decisão do magistrado impede o Concelho de levantar o mérito desta questão.
Faz diferença quem está à frente das instituições? Há quem diga que não,
que não há pessoas insubstituíveis. Ainda assim, fica a impressão de que certas
mudanças precisam acontecer em peças-chave da Suprema Corte e do Ministério Público, não podemos negar que algumas decisões monocráticas, como esta, tenham reflexos em decisões importantes para o país. Para alguns órgãos da imprensa ou parte da classe política, o entendimento é que não passa de uma coincidência.
A Constituição brasileira reserva ao Supremo uma missão extra: conduzir
as investigações e julgar as acusações criminais contra deputados, senadores e
outras autoridades federais. Nesse caso, nem a proximidade física entre o tribunal o Parlamento e a Procuradoria Geral da República são capazes de fazer com que a Justiça atravesse a Praça dos Três Poderes com
celeridade. As imperfeições dos sistemas político e judicial do país tornam
essa distância abissal e, por vezes, insuperável.
Na nossa cultura existe uma máxima que se acredita que a justiça tarda,
mas não falha. A realidade tem mostrado agora no caso do
presidente Lula, que falha muitas vezes, porque veio tarde demais.
Desde 1988, mais de 500 parlamentares foram investigados no Supremo. A
primeira condenação ocorreu apenas em 2010. De lá para cá, apenas 16
congressistas que estavam no exercício do mandato foram condenados por crimes
como corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verba pública, segundo
levantamento da Revista Congresso em Foco. Decisões que podem ajudar a desfazer
o mito de que o Judiciário é cego aos malfeitos dos políticos brasileiros, mas
que ainda estão longe de enterrar a sensação de impunidade. Casos como o de Aécio
Neves ou os mais recentes como o do Senador José Serra e do ex governador
Alckmin são tratados como parcialidade. Isto justifica, porque apenas oito, metade dos condenados, pagaram ou estão acertando suas
contas com a Justiça. A outra metade já se livrou definitivamente ou ainda luta
para escapar da punição. Nos últimos dois anos, a
prescrição beneficiou pelo menos 34 dos 113 congressistas da atual legislatura,
que tiveram casos arquivados pelos ministros da suprema corte.
Padre Carlos
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
ARTIGO - Delação premiada é um instituto do Estado fascista. (Padre Carlos)
domingo, 16 de agosto de 2020
ARTIGO - E se eu pudesse voltar no tempo? (Padre Carlos)
E se eu pudesse voltar no tempo?
E se eu pudesse retornar no tempo com toda experiência que tenho
hoje, plantaria sementes de verdades, sementes do amor e arrancaria com minhas
próprias mãos o joio da mentira e da maldade do racismo e do preconceito que se
espalharam pelo mundo nestes últimos anos.
E se eu tivesse descoberto a força da minha fé antes de ter deixado
os ministérios? Transformaria os desencantos do meu povo em melodias de
alegrias, enxugaria as lágrimas da minha gente e estancaria o sofrimento no seu
nascedouro.
Confesso aos senhores, se pudesse retornar; teria passado mais
tempo com meus pais e minhas irmãs para viver experiências singelas que os anos
de militância política e a boemia própria da juventude me roubaram.
Se eu pudesse retornar no tempo eu buscaria viver com mais
intensidade e com mais calor a minha infância, o cheiro de jasmim que brotava
da frente da casa e que minha mãe tanto gostava, e apreciaria com calma o bailet
que era a caminhada das Irmãs Mercedárias da Caridade.
Chegando a igreja no final da tarde. Buscaria
entender nosso papel naquela sociedade.
Se eu pudesse retornar ao tempo eu buscaria ser mais presente, e
responsável com tudo que o bom Deus me
confiou.
Como não posso voltar no tempo, procuro plantar meu jardim e decorar minha alma, ao invés de esperar que alguém me traga flores. Foi desta forma, que descobrir minha finitude e conseguir suportar minha pequenez.
Assim, por saber que não posso voltar no tempo, tento não perder
a oportunidade de participar do crescimento das minhas filhas e nem deixar de fazer parte das suas alegrias.
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
ARTIGO - O prefeito, o escorpião e as emendas impositivas (Padre Carlos)
O prefeito, o escorpião e as emendas
impositivas
Existe uma velha
estória, que não sei porquê, assistindo a sessão da Câmara nesta sexta feira,
me veio a memória; assim, gostaria de partilhar com vocês: uma rã estava na
beira do rio quando um escorpião lhe pediu que deixasse ir nas suas costas para
a outra margem do rio. A rã nega.- Você é doido! - Disse-lhe - se eu fizer
isso, você me ferrará e morreremos afogados. Então o escorpião lhe responde que
isso não faz sentido. Se a rã se afogar, ele escorpião, também morrerá. Que sentido
faz os dois morrerem? A rã pensa um pouco e acaba cedendo- Vamos lá - disse-lhe.
No meio da travessia do rio, o escorpião ferra com seu veneno a rã, que começa
a desfalecer. Na agonia, disse-lhe: - O que você fez? Sabe que assim morremos os dois? Você disse
que isso não fazia sentido! - O que você quer? - Respondeu o escorpião – isto faz
parte da minha natureza!
Há legislação
federal, por meio de Emenda à Constituição de 2015, garantiu tal direito aos
legisladores, porém, a Prefeitura não vem atendendo às determinações impostas
pelos vereadores ao orçamento desde que foi criada e assim, termina deixando de
cumprir com sua responsabilidade. A lei determina que 1,2% do Orçamento
Municipal seja liberado aos vereadores, percentual este dividido entre os 21
parlamentares, para que possam fazer suas indicações as suas emendas
impositivas.
Quando os 21
vereadores aprovaram o Finisa 1 e 2, empréstimo feito pela prefeitura junto à
Caixa nos valores de 105 milhões de reais para a execução de obras de infraestrutura,
foram prometidos que o céu se abririam e as medidas em fim seriam cumpridas. O
escorpião mais uma vez traiu a rã, faz parte da natureza dele. Desta forma, a grande maioria dos vereadores aprovaram o Programa de onde veio
recursos para muitas obras. Diante disto, lamentamos que vereadores da Situação
queiram tirar o mérito desta Casa. Não. Vereadores da Oposição votaram
favorável também, assim como os vereadores da Situação.
A bancada de oposição
não pode ficar criticando e esperneando como uma criança que não é atendida
pelo pai é seu dever fazer valer a lei e enviar o mais rápido possível para Ministério Público (MP) uma representação contra o prefeito Pereira (MDB) por não pagamento das emendas parlamentares impositivas. Quando os executivos não
pagam as emendas
impositivas termina, descumprindo a Constituição, que obriga o governo municipal a honrar as emendas
parlamentares.
Omissões como esta,
podem levar a perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de Pereira por supostamente desrespeitar a Constituição. Um outro instrumento que a oposição pode se valer, além
da representação é entrar com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça da Bahia pedindo o pagamento imediato
das emendas.
O senhor Herzem Gusmão tem desrespeitado a Constituição e a legislação correlata às
Emendas Parlamentares Impositivas quando deixou de promover suas liquidações, e
ainda, em último caso, não realizou os seus respectivos empenhos. Quando o gestor não executa a 'Emenda Cidadã' (que
determina que 1,2% da receita corrente líquida do Município seja utilizada
pelos parlamentares, individualmente, na resolução de problemas da população,
através do Orçamento Impositivo) isso configura crime de responsabilidade, como
prevê a legislação vigente. Esta lei que estabeleceu as emendas impositivas foi
aprovada em 2016 e entrou em vigor no ano seguinte, mas os vereadores têm
enfrentado dificuldades para terem suas emendas executadas.
É preciso que a bancada de vereadores tome uma posição antes do mandato terminar. Se faz urgente protocolar uma notícia-crime em nome da própria bancado ou de algum mandato, mas acredito que os outros parlamentares, independe de partido, devam tomar a mesma atitude de ir ao Ministério Público. Nosso objetivo é informar ao fiscal da lei, que é o Ministério Público, um crime que está sendo praticado contra a cidade de Vitória da Conquista pelo prefeito Herzem Gusmão, para que tome as providências cabíveis. E essa deveria ser uma ação do Parlamento, do Poder Legislativo.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
ARTIGO - A esquerda e o pós pandemia (Padre Carlos)
A esquerda e o pós pandemia
Em 2003 chegamos ao governo e não ao poder
como algumas lideranças da sociedade e do movimento popular pensam, apesar de
saber que o poder não é um lugar específico, mas uma relação. Tivemos momentos
em que o poder estava nas nossas mãos, mas não soubemos aproveitar. Há momentos
em que o poder está com o povo, outros com o governo; e outros, com o capital
financeiro ou com algum outro setor da sociedade. São as correlações e força que
determina quem em determinado momento da história detém este poder. Diante de tais
fatos, chamamos a atenção das esquerdas brasileira para a nova realidade que
está se formando com o fim desta crise sanitária.
Ignorar as mudanças que estão em curso no mundo é querer tapar o sol com
a peneira. Não se tratar apenas de um esforço teórico para separar o joio do
trigo, mas sobretudo de restaurar a esperança dos pobres e de abrir um novo
horizonte libertário para quem mais precisa. A burguesia já admite o fracasso
completo da política financeira de Paulo Guedes e sem ter a quem recorrer,
podem acenar para um pacto social.
A esquerda precisa se abrir ao imperativo de uma nova mentalidade
humanista e oferecer nestes pós pandemia, umas mediações analítica e
instrumentos políticos necessário à construção de um projeto de nação que transcenda
o seu projeto classista é preciso alcançar quem não tem voz e que estão à
margem do sistema corporativista. Desta forma, não poderemos abrir mão da
importância das ciências política se quisermos compreender os mecanismos que excluem
milhares de pessoas dos direitos fundamentais a vida.
Este programa de unidade popular, se impõe como dever das esquerdas e de
todos que defendem um projeto progressista e possam ajudar na construção deste
novo Estado mais humano. Sabemos das nossas limitações no parlamento e nas
correlações de força na sociedade, mas não podemos esquecer que a divisão desta
não se dá entre o centro e as esquerdas e sim entre opressores e oprimidos, em
quem quer realmente construir um projeto de nação e quem só quer espoliar este
país.
ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)
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