Conquista e o ambiente polarizado
Quem
conhece Vitória da Conquista, sabe que o período eleitoral é o momento em que
os ânimos políticos ficam mais exaltados em nossa cidade. O ambiente está
contaminado pela polarização e a desinformação prejudica o bom debate, ficando
difícil conversar, compartilhar perspectivas e haver abertura para mudança de
opinião. Apesar da receptividade positiva das carreatas que Zé Raimundo e a
Frente Conquista popular terem realizadas, percebemos que esse clima não chegou
contaminar o eleitorado indeciso e as pessoas com censo democrático. O que na
verdade temos presenciado é uma população animada com esta grande festa que é a
democracia e com a esperança de mudança em nossa cidade.
A
percepção de ameaça aciona no cérebro humano mecanismos de defesa e ataque que
bloqueiam a disposição para colaborar e aceitar novas informações, e diminuem a
capacidade de analisar e refletir. Talvez tenha sido este motivo que levaram
uma parte do eleitorado de Conquista a não discernir sobre os vinte anos que o
Partido dos Trabalhadores governou esta cidade, e na transformação e no
desenvolvimento que levaram a capital do Sudoeste se transformar em uma das
cidades mais prospera do Norte-Nordeste do país.
Tivemos
então na nossa cidade, um contexto em que a valorização do encontro de ideias
terminou sendo substituída por um clima de guerras de narrativas fabricadas
para expressar superioridade moral e reduzindo os oponentes a todo tipo de mentira,
empobrecendo o debate.
Claro
que o atual contexto político, não se compara com os retrocessos democráticos,
que vivemos há quatro anos e mesmo considerando um clima polarizado, esta longe
daquele, onde sofremos todo tipo de fake news e os discursos de ódio que
retroalimentava e nutria estereótipos que promoveram hostilidade, diminuíram a
confiança no diálogo e em soluções negociadas para problemas coletivos.