sábado, 24 de outubro de 2020

ARTIGO - A estrela volta a brilhar em Conquista ( Padre Carlos )

 


A estrela volta a brilhar em Conquista




 

O Brasil não é para amadores e a politica brasileira é seu maior exemplo devido a grande quantidade de partidos e grupos que se formam em torno de certos projetos de governo. Além disso, a conjuntura política brasileira passou a ter um elemento novo que até então tinha ficado de fora ou escondido entre as propostas conservadora, este novo personagem que chega ao tabuleiro é a ultradireita.


Deste o início da campanha das eleições municipais sustentei algumas posições que reafirmo aqui. A primeira delas é que seria um equívoco dos partidos de esquerda subordinar suas decisões e escolhas para as disputas municipais à lógica da formação de frentes. O argumento pró-frentes partia do pressuposto do enfrentamento ao fascismo e nos municípios médios e pequenos não vemos a necessidade deste alinhamento político. O que queremos dizer na verdade, é que não há nenhuma necessidade objetiva de formar frentes a não ser onde os interesses locais a determinem, como ficou claro em Vitória da Conquista, pois, nas eleições municipais, há uma pulverização de adversários, na sua maioria, de centro-direita e não de candidatos ideologicamente bolsonaristas.

 O momento das eleições municipais é o momento específico da construção partidária e do fortalecimento dos partidos. É o momento em que as agremiações precisam otimizar seus interesses. Foi assim, que os partidos de esquerdas pensaram ao se agrupar em torno de uma candidatura e não na fragmentação deste voto. Foi o sentimento de mudança da população e a necessidade de compor uma frente que estivesse motivada no segundo turno, que levou as forças progressistas do nosso município a apoiar a candidatura de Zé Raimundo.

 

Mas como avaliar este quadro em nossa cidade? Em primeiro lugar, precisamos entender algumas coisas, o que define as tendências de uma eleição municipal é se a conjuntura é de conservação ou de mudança. O ponto de referência é sempre a gestão e a avaliação do governante, no caso, o nosso prefeito. Há um claro equilíbrio entre a avaliação positiva e negativa da gestão Herzem com certo desgaste na área rural e em alguns bairros.  Este fator é determinante para a polarização e para passagem dele para o segundo turno. Como Herzem e Salomão têm o mesmo perfil político e ideológico, a tendência será que as duas candidaturas busquem ampliar o leque do eleitorado de direita e conservador consolidando este voto para a segunda etapa. Este trabalho de equipe tem como objetivo não construir uma terceira via, mas tencionar um eleitorado ideológico de direita e anti-PT para proporcionar ao candidato do MDB, uma sobrevida no segundo turno.

Apesar do Partido dos Trabalhadores serem a direção hegemônica do projeto, ele precisa se colocar como mediador entre os interesses das suas tendências e os partidos que compõe este consocio. Não podemos esquecer que precisamos manter motivada nossa militância e o nosso eleitor no segundo turno. Esta fase é mais delicada por não contar com a força das campanhas proporcionais e sem consolidar a frente como uma toda a majoritária ficaria vulnerável.


Além disso, é necessário unir esforços em torno de um projeto único de desenvolvimento político e econômico para o nosso município. Precisamos superar divergências internas e externas e reconstruir o consenso através de um concelho político, que contemple todas as forças envolvidas neste projeto. Foi estes elementos que fizeram o município avançar ao longo da duas décadas passada. Este deve ser o nosso ideal, o eixo que moveu Vitória da Conquista desde o final da década de noventa e motivou nossa gente a seguir em frente: com crescimento econômico com justiça social.

 


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