terça-feira, 27 de outubro de 2020

ARTIGO - Herzem é o candidato mais rejeitado

 


HERZEM É O CANDIDATO MAIS REJEITA

 


Eu já disse, aqui mesmo no meu Blog, que a rejeição que os eleitores dispensam aos candidatos é um importante aspecto nas análises das possibilidades eleitorais de nossos prefeituráveis.  Eu já disse, também, que é mais fácil convencer o eleitor a mudar de voto, ou não votar branco ou nulo, do que convencê-lo a votar em um candidato que ele dispensa algum tipo de rejeição.


Em política eleitoral rejeição tem haver com confiança, com crenças, com capacidade intelectual e experiência política. Enfim, rejeição é algo associado a valores e questões subjetivas. Os candidatos gostam de generalidades. Sobre a rejeição, eles têm a justificativa na ponta da língua. Quando aparecem com rejeição alta dizem que isso acontece por que os eleitores não os conhecem bem. Dizem que a rejeição está alta porque a campanha ainda não começou. E tem candidato, adepto das teorias conspiratórias, que diz que sua alta rejeição é orquestrada pela imprensa e por seus adversários.

Mas, nada disso se sustenta quando analisamos os dados da rejeição condicional da pesquisa do jornal A Tarde realizada em Vitória da Conquista pelo próprio veículo entre os dias 24 e 29 de setembro. Segundo o estudo, a taxa de rejeição de Herzem Gusmão é uma das mais altas. O que se percebe é que não basta conhecer o candidato para não mais rejeitá-lo.

O primeiro motivo para que o eleitor rejeite o candidato é a alegação de não conhece-lo. Assim, não podemos dizer que é o caso do atual prefeito.  O que chama a nossa atenção esta rejeição a Herzem, é que estes números são bastante superiores à do seu principal adversário, o professor José Raimundo. O emedebista é o segundo com a maior rejeição (48%), atrás apenas de Salomão (51%). Zé Raimundo tem o menor índice (39%) nesse ponto não se aplica estes índices ao atual prefeito por ser um desconhecido.

Cai, assim, o mito alegado pelos candidatos da rejeição pelo desconhecimento do seu trabalho ou da sua “competência administrativa”. O eleitor que opta por esse motivo pode ter outras justificativas, mas por questões internas prefere não revela-las.

Outra motivação para a rejeição de candidatos em pesquisas é o fato de o eleitor considerar o candidato antipático vemos que algumas campanhas foram bem sucedidas na desconstrução de uma imagem negativa e outras nem tanto, o que demostra que o candidato da oposição tem chances reais de capitalizar os votos dos indecisos. Embora a rejeição a Herzem for consideravelmente maior quando comparada com os números de Zé Raimundo, não podemos dizer que a oposição já capitalizou estes indecisos, não podemos esquecer que o atual prefeito pode conseguir desenvolver um trabalho para minimizar sua rejeição, mesmo faltando pouco tempo para a realização das eleições. Não é hora do PT soltar fogos, apesar do caminho está aberto, tem muito chão para o petista conquistar estes eleitores.

 


Os dois conseguiram mudar a percepção de parte do eleitorado e isso se reflete na polarização da própria campanha, bem como, na pesquisa estimulada. Embutida nesta rejeição está os prós e contra das administrações petista também, devido a necessidade do eleitor buscar parâmetros para comparar. As duas gestões estão sendo colocadas à prova. Como falta pouco tempo para a eleição e a pandemia não permite grandes concentrações, mudando inclusive a forma de fazer campanha, entende-se que existe uma opinião cristalizada sobre estes candidatos neste quesito.

 

 


 

 

 


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