O livre-arbítrio existe?
Todas as pessoas são
influenciadas por muitos fatores, mas será que esses fatores não tiram nosso
poder de escolha? O livre-arbítrio é o poder que temos de tomar uma
decisão, O livre-arbítrio é nosso poder de escolha. Por causa do
livre-arbítrio, cada pessoa é responsável por suas ações. Deus nos deu o
livre-arbítrio.
Outro dia conversando
com um amigo ele me falou se eu sabia por que os dedos de Deus e Adão não tocam
na famosa obra de arte de Miguel Angel no telhado da Capela Sistina do Palácio
Apostólico da Cidade do Vaticano? Como nunca tive queda para critico de arte,
respondi que não tinha ideia, então ele disse: Na obra, o dedo de Deus está
estendido ao máximo, mas o dedo de Adão está com as últimas falanges
contraídas. O sentido de arte é explicar que Deus está sempre lá, mas a decisão
é do homem. Se o homem quer tocar em Deus precisará esticar o dedo, mas ao não
esticar o dedo, poderá passar a vida inteira sem procurá-lo. ′′ A última
falange contraída do dedo de Adão representa o livre arbítrio ′′
Quando Deus concede o
livre-arbítrio ao homem, Ele quer receber este Amor por inteiro. Afinal, o
homem ao escolhê-lo e procura-lo o fez livremente. Deus nos ama e nos deu livre-arbítrio
para podermos ser livres nas nossas escolhas. Só uma pessoa com livre-arbítrio
consegue amar. Nós não somos “bonecos” que Deus usa para brincar. Ele nos
concedeu livre-arbítrio porque somos especiais para Ele.
Sabemos que o livre
arbítrio tem diversos sentidos: teológico, psicológicos, filosófico e
científico. Para algumas pessoas o livre arbítrio significa ter liberdade, e
muitas vezes confundem com desrespeito e falta de educação.
Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem de escolher suas ações, que caminho quer
seguir. Cada um realmente tem direito de fazer o que quiser com sua vida e
escolher qual caminho quer seguir, desde que não prejudique ninguém.
Muitas vezes a
expressão livre arbítrio, tem o mesmo significado que a expressão liberdade de
escolha. Assim, livre arbítrio deveria ser a possibilidade de escolher entre o
bem e o mal, mas, como pode ser verdade quando convivemos com um processo eleitoral nada confiável, com
propaganda sem regras, com assistencialismo e o desencanto com a política?
Talvez as palavras de
Sartre explique um pouco o que estamos querendo entender: “O homem está
condenado a ser livre condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é
livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.”.
Talvez o velho político baiano tenha razão quando dizia que o erro de um dia se
paga quatro anos, como o povo brasileiro está pagando agora com a crise
econômica, com a falta de vacina e com os direitos trabalhistas e sociais sendo
colocado de lado.
Eu não escolhi nascer latino ou europeu, pobre ou rico,
branco ou negro, saudável ou doente: Simplesmente existo. Mas o que eu tenho
certeza é que tudo faço de minha vida tem repercussão para mim e para os
outros. Foi
dentro desta perspectiva que passei a avaliar minhas ações. Quais seriam as minhas
escolhas se eu fosse um homem de Deus? As minhas escolhas e preocupações são as
mesmas dos profetas? Porque eles escolheram defender os órfãos e as viúvas
naquele tempo? Quem são estes excluídos do meu tempo? A minha luta e a ação política
é semelhante as dos profetas, isto é, contra a corte palaciana devido às injustiças
cometidas contra o povo?
Assim, descobrir nesta caminhada, que todo o significado
que dou à minha existência, é parte da liberdade da qual não posso me furtar.
Posso ser escritor, poeta ou profissional liberal. No entanto, se sou político,
esta é minha escolha, é parte do projeto que eliminou todas as outras possibilidades
(escritor, poeta, profissional liberal) e concretizou uma única (político).
Mas, jamais posso esquecer que toda escolha tem o seu preço.
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