Arcebispo de Lima quer
"párocos" leigos
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Há sínodos que quando, encerram-se continua tudo como antes, assim, este
proposto por Francisco, tem características oposta, mesmo antes de concluir os
trabalhos sinodal, já deixa claro que veio para corrigir erros milenares. Suas
idéias têm a vitalidade e força de uma barragem que não consegue mais represar
os sonhos e esperança dos cristãos espalhados pelo mundo.
É o que
está a acontecer com a Arquidiocese de Lima, no Peru. No ano passado encerrou
uma etapa de um caminho sinodal que esta Igreja fez com todos os irmãos. Na assembléia
final saíram as ideias-mestras para uma carta pastoral do arcebispo Carlos
Castillo e para um plano pastoral diocesano.
Neste mês
de agosto, em sintonia com a reflexão sinodal, D. Carlos Castillo apresentou as
linhas de renovação da pastoral da capital peruana. O arcebispo afirmou está
disposto ir a Roma pedir autorização para implementar medidas que não estão autorizadas.
Isto é, pedir a autorização do Vaticano para nomear "famílias, ou casais,
ou grupos de esposos ou de leigos adultos mais velhos" poderem assumir
paróquias e assim liberar sacerdotes destas responsabilidades, para que eles possam
aprofundar os seus estudos e trabalhos pastorais.
Segundo a
imprensa peruana, essa proposta do arcebispo não agradou aos setores mais
conservadores da Arquidiocese de Lima, que organizaram manifestações em frente
ao Paço Arquiepiscopal. Nelas pediram ao arcebispo que seguisse a "santa
doutrina da Igreja Católica". E acusaram-no de estar "fazendo uma
espécie de experiência de ordem social e eclesiástica" que para eles não
tem sentido.
Na
verdade, D. Carlos não precisa pedir autorização a Roma para confiar paróquias
a leigos. O Código de Direito Canônico, a lei suprema da Igreja, aprovada por
João Paulo II em 1983, já o prevê no cânone n.o 517 §2. Há quase 40
anos.