quinta-feira, 12 de agosto de 2021

ARTIGO - Política é para amadores ou profissionais? (Padre Carlos)

 

 A política é uma profissão?

 


 

Pouco depois da posse da atual refeita eu passei a me perguntar: A política é uma profissão? Seguidamente penso sobre isso. Quando em uma roda de amigos falamos "aquele ali é um político profissional", geralmente fazemos com certo tom de desaprovação, como se a política em si fosse algo ruim, prejudicial às pessoas. A verdade não é essa. O ato de se fazer política é muito importante, indispensável até. O problema está, muitas vezes, nas pessoas que nós elegemos. Isso é outra história, para comentar em outra oportunidade.


Assim, a atual prefeita quando tomou posse prometeu fazer uma política "diferente disso que está aí". Uma política que quebraria a polarização e buscaria o dialogo com todas as forças política que representam verdadeiramente nosso município. Esta tomada de posição me fez entender que "Não há médicos não médicos, nem pilotos de avião sem experiência em pilotar. A política não pode ser mais exercida por amadores!"

Na Grécia antiga, Platão dizia: "Se a política é uma arte, precisa ser exercida por quem entenda dela". Havia toda uma preparação do candidato antes dele assumir o cargo de representante do povo. Conhecimento e experiência eram qualidades indispensáveis.

Mas porque estou dizendo isto, Levanto estas questões para entendermos que hoje existem dois projetos em disputa em Vitória da Conquista que se localizam no espectro político da direita. Esses dois projetos estão hegemonizando o debate público na cidade e tendo o Vereador Chico Estrella (PTC), como centro desta decisão. Apesar da diferença entre eles, poderia ser caracterizada como um sendo representativo da direita liberal e o outro da direita conservadora. O primeiro é mais aberto às pautas relativas às questões de valores, por isso a prefeita, passou a buscar o diálogo com o Governador e ao mesmo tempo sinaliza para os deputados que suas emendas seriam bem vindas, independentes de partido ou posição política. O segundo projeto político e representado por aliados de Herzem é conservador por dois motivos, busca tencionar a política através da polarização e se alinha as políticas negacionista do atual presidente

Desta forma, quando foi convidado pela prefeita para a assumir a liderança de governo, passamos a entender que ele já sabia o papel que teria que desempenhar e foi justamente esta forma de avaliar a política e não aceitar esta visão conservadora que era comum na gestão passada, que fez com que Estrella se distanciasse cada vez mais de Herzem e da política que vinha sendo implantada pelo antigo governo. Foram estas posições conservadoras que o prefeito teve que se aliar, levando seu governo a defender posições extrema que fez com que o vereador fizesse uma oposição ferrenha.


Se a prefeita ceder às forças “ocultas” ou não que querem a cabeça do vereador, perderá a oportunidade de demonstrar para todo o estado e para o Brasil, quem realmente governa nossa cidade. É preciso aproveitar esta oportunidade para afastar algumas pessoas que estão criando dificuldade para que a gestora possa exercer suas funções. Desta forma, não existe oportunidade melhor para fazer a reforma administrativa que a nova gestão tanto precisa. Temos que deixar as questões do campo político naquela casa legislativa e se preocupar em construir um projeto de desenvolvimento econômico que requer uma economia pensada de modo estratégico e garantir não apenas o crescimento econômico, mas a qualidade de vida da população.

 

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