terça-feira, 21 de setembro de 2021

ARTIGO - O Pacto Social (Padre Carlos)

 

 

Os nossos oponentes não são nossos inimigos



A crise econômica no Brasil tem se aprofundado, os problemas sociais não diminuíram, as dificuldades orçamentais aumentam a cada dia e o povo assiste a tudo isto e não sabe a quem recorrer. Estamos num dos momentos em que um país vira a página ou coloca em risco todo o pacto federativo.

É natural que, mais tarde ou mais cedo, estas autoridades venham pedir novos sacrifícios da sociedade. Mas, para que possamos aceitar, é necessário que eles tenham sentidos, sejam justos e equitativamente repartidos entre os setores que compõe a sociedade civil. E seja explicado por que são necessários e que efeitos podemos espera que produzam.

Um dos mais graves erros de Bolsonaro e Paulo Guedes foi o de confundir a febre orçamental com a doença da economia e terem receitado terapias que pouco baixaram a febre e não mexeram minimamente nas raízes da doença. Mas a solução não pode ser a da desistência de combater a doença e a febre.

 

Por isto, acredito que um pacto social não pode ser encarado como o resultado concreto de um acórdão específico, mas a vontade de todas as forças políticas que representam a sociedade em geral. E para que isto aconteça de fato, elas precisam assumir compromissos e celebrar isto de forma que o que está no papel será cumprido pelas partes. Assim, não acredito que exista empresários ou trabalhadores que não queira recolocar o país no caminho do desenvolvimento.

Tenho uma visão otimista. Por uma razão fundamental: quem tinha 25 anos quando através do colégio eleitoral, derrotamos a ditadura, não poderia conceber que passados estes trinta e poucos anos pudéssemos chegar aonde chegamos. O que era a mortalidade infantil, a incapacidade de saber ler e escrever, a pobreza generalizada ... A minha visão é sempre completada com um olhar para de onde viemos, para onde estamos indo e como precisamos avançar. Sim, para o salto que se deu! Eu pertenço a uma das últimas gerações do antes da democratização, as outras já estão partindo, e isso dá uma perspectiva grande e um redobrado otimismo

Num artigo publicado, no Washington Post, em Dezembro de 2018, Bill Clinton referiu-se, nos seguintes termos, a George Bush, falecido poucos dias antes, e que tinha derrotado nas eleições de 1992: “Tendo em conta aquilo que a política aparenta hoje ser, na América e à volta do mundo, é fácil suspirar e dizer que G. H. W. Bush pertencia a uma era que acabou e que nunca regressará – em que os nossos oponentes não são nossos inimigos, em que estamos abertos a idéias diferentes para mudar aquilo que pensamos e que os fatos importam e que a nossa dedicação ao futuro dos nossos filhos nos obrigam formar compromissos honestos, duradouros e a um progresso de garantias partilhadas de direitos e deveres, para que possamos construir o pacto nacional. Sei que muitos diriam: que absurdo. É dever dos políticos trazem essa América de volta”.

            Se substituirmos América por Brasil, tenho a convicção profunda de que essas palavras podem também aplicar, na íntegra, ao momento em que vive o país.


        
Da esquerda à direita, dos empresários ao mundo da cultura, do cidadão comum aos mais altos responsáveis dos poderes da nossa República, podemos afirmar que o Brasil precisa passar por um pacto. E quando falo estas coisas, não me refiro ao processo eleitoral que mais parecem com um plebiscito e termina deixando mais dividido ainda o nosso país. Como disse Rousseau, o verdadeiro pacto social consistente reside no fato dos cidadãos sendo ao mesmo tempo súditos e soberanos, obedecem às leis que eles mesmos estabeleceram entre si. O Brasil precisa se encontrar com suas fases de súditos e soberanos, para se encontrar na história.  

 

 

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Renée de Carvalho - UMA VIDA DE LUTAS (Padre Carlos)

 

"Atrás de um grande homem, há sempre uma grande mulher".

 


Sempre detestei esta frase!  Porque “atrás de um grande homem”? Porque não “ao lado...”? Talvez porque essa é uma antiga expressão característica da sociedade patriarcal, referindo-se ao tempo em que a mulher ficava nos bastidores, cuidando do lar e dos filhos para que o homem tivesse a tranqüilidade de apenas preocupar-se com o provimento do lar... Porém, os tempos eram outros, num combate entre feministas e mulheres trabalhadoras que defendiam que seu lugar não era apenas está ao lado de um grande homem. Naquele período de “France occupe,” Renée, acumulava várias funções: ser mãe, guerrilheira contra o fascismo e ser companheira.


Foram muitas perdas que a esquerda e o movimento popular tiveram neste ano: amigos, companheiros e companheiras de luta contra o autoritarismo e o fascismo. Podemos dizer que com estas perdas que sofremos, morremos também um pouco este ano marcado pelo flagelo da pandemia e pelo descaso das autoridades.

            Sentimos e choramos pela perda de cada um deles e delas que partiram, confesso aos senhores que sentir um pedacinho da minha história morrendo em cada despedida.


Na semana passada, mais uma companheira se despediu desta vida.  Perdemos uma lutadora das grandes, uma mulher que dedicou sua vida à luta por um mundo mais justo. Militante e aguerrida, nasce em Marselha, na França, em 1925. Filha de pais comunistas dedicou-se desde muito cedo, aos 16 anos, a luta pela resistência francesa contra a ocupação nazista e o governo colaboracionista de Vichy. Renée de Carvalho nos deixou aos 93 anos de idade.

Ainda na juventude conheceu Apolônio de Carvalho, o dirigente comunista brasileiro foi seu companheiro de vida e de luta.  

 

Descanse em paz companheira!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

ARTIGO - Um "Estado Social" com Supremo e tudo (Padre Carlos)

 

·          

·          

        Um pacto político passa necessariamente por um pacto social








Os problemas estruturais da pobreza e da exclusão social no Brasil, não se resolvem apenas com medidas isoladas e pontuais. Assim como na medicina, é indispensável fazer o “diagnóstico das causas da pobreza” para acabar com ela e para prevenir reincidências. Por isto, o aumento da pobreza e da extrema-pobreza em nosso país, tem demonstrado a importância de se criar de fato um Estado Social.


O "Estado Social", que me refiro, é um conjunto de medidas dirigidas à melhoria das condições de vida dos brasileiros. Devem ser conquistas consolidadas de políticas de Estado, não de governo. Isto é, ações que possam proporcionar a criação de mais vagas nas creches, de benefícios fiscais a jovens adultos, da melhoria do Bolsa família e de apoios pontuais às famílias carentes.

É preciso que esta direita dita liberal-democrata entenda de uma vez, que um Estado moderno é um Estado social de direito democrático, onde a dimensão do social não se separa do econômico e é tida como mais-valia para este, e onde o direito é respeitado em todos os seus campos, principalmente no do trabalho. O "Estado social" é um compromisso coletivo que o poder político deve evidenciar sempre, até porque a sua existência não depende apenas da "vontade política". A sua construção e viabilidade obriga a todos, principalmente aos atores: econômicos, os setores privado, público e social criarem as condições para sua existência.

 Hoje, diante do aumento da pobreza em nosso país, a necessidade de uma recuperação da nossa economia precisa ser intrinsecamente, socioeconômica e se faz urgente. Sabemos que pela cultura escravagista que ainda insiste sobreviver na nossa sociedade, levará alguns dirigentes de confederações patronais, diante do menor sinal de preocupação do poder político com as políticas sociais e trabalhistas, buscarem apoio na imprensa corporativa e em seus representantes no parlamento, para barrar qualquer avanço nestas pautas. Estas políticas e reformas que este setor empreendeu no governo Temer e Bolsonaro foram comprovadamente às causadoras do aumento da pobreza em nosso país.


Queremos deixar claro, que um pacto político passa necessariamente por um pacto social e nestes acordos precisarão esta clara não só para este governo, mas para os futuros, saberem qual a economia e qual a sociedade que queremos?

 

 

 

 

 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ARTIGO - Uma carta testamento vem sempre acompanhada com um tiro no peito. (Padre Carlos)

 

Um tiro no pé.

 


Meu pai sempre me dizia que os maiores covardes são aqueles que mais querem status de valentões. Foi assim, com enorme surpresa que eu assisti esta semana ao vergonhoso recuo de Jair Bolsonaro, diante de todo o mundo. Confesso aos senhores, que aquela figura abatida e com um semblante como se tivesse beijado a lona, não parecia nada com aquele personagem incendiário que durante meses atacou de todas as formas e feitios a Justiça e a nossa democracia.

        


Como acreditar se tratar da mesma pessoa que alguns dias atrás ameaçavam descumprir ordens do Supremo Tribunal Federal e incitava seus apoiadores contra os ministros da corte, em pleno Sete de Setembro. Esta mesma autoridade que acenou diversas vezes para uma ruptura entre os poderes, fazendo de forma concreta ameaça de golpe de Estado. Este mesmo homem que na terça-feira aos delírios buscava a centralização total do poder, como na figura do Rei. Para ele, assim como Luiz XIV, "O Estado sou eu." Agora, menos de uma semana, estava na minha frente, fazendo um inesperado ‘mea culpa’, pedindo desculpa pelos excessos antidemocráticos e garantindo que as ameaças, insultos e injúrias dos últimos meses foram apenas fruto “do calor do momento”. Ao atribuir “este momento," quer que acreditemos que não cometeu crime nem teve "intenção de agredir" os poderes.

Diante deste “milagre,” Alexandre de Moraes, passou, no léxico do presidente, de "canalha" por ter condenado a prisão de bolsonaristas que tiveram atitudes inconstitucionais, a "jurista e professor", em apenas 48 horas.

 

Neste país, uma carta testamento vem sempre acompanhada com um tiro no peito, mas como de valentão virou como disse o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, "frouxo e covarde," não podemos esperar tal comportamento. Se com uma carta testamento o velho político da década de cinqüenta deu o tiro no peito, com estas qualidades que Maia revelou do presidente, com certeza  este tiro foi no pé.


O recuo do discurso do presidente, entretanto, causou um curto-circuito entre a sua base de adoradores. A militância oscilou entre o apoio cego e incondicional ao presidente e o desembarque do Governo, algo que costuma ocorrer com políticos que demonstram fraqueza e estão balançando no poder.

Diante de tanta fraqueza, a direita já rendeu o bolsonarismo para tentar emplacar a terceira via.

 

 

domingo, 12 de setembro de 2021

ARTIGO - Nosso tecido social esta dilacerado (Padre Carlos)

 

 

 

 

 

 

Reconstruir o tecido social

 

 


 

         Outro dia me fizeram esta pergunta: o que podemos esperar do próximo presidente? Eu olhei aquele jovem que mais parecia comigo nos tempo de movimento estudantil e disse: esta Terra - o país que somos - nesta quadra da história exige mais de nós! Não podemos esquecer este fato para não nos limitarmos em fazer remendos no tecido social ferido pela polarização que tem assolado o país. Precisamos reconstruir esse tecido e pensar nas próximas gerações.


Quando levanto estas questões, quero dizer que precisamos de uma liderança que possa repactuar o país e ser capaz de formular um projeto que seja transformador na vida dos brasileiros. Para que isto aconteça, duas questões são fundamentais: primeira, a sociedade brasileira - começando pelo presidente – precisa ser capaz de romper com a tolerância e condescendência face à pobreza e segundo, não sermos ingênuos na busca de soluções mágicas para daqui a décadas, como forma de escamotear os problemas que estamos vivendo e que são crônicos em nossa sociedade.

A profunda relação entre o trabalho, o emprego e a proteção social está no cerne de qualquer estratégia para reconstrução do tecido social. É preciso valorizar o trabalho e criar mais e melhor emprego, o que passa por reforçar e qualificar o tecido produtivo e garantir os direitos sociais e trabalhistas deste povo. Nestes campos, temos que colocar de lado as políticas de remendos e dar passos consistentes que possam romper com posturas oportunistas ou tacanhas muito enraizadas na nossa sociedade.

O tecido produtivo está deslaçado, não basta proporcionar para este seguimento linhas de créditos. Se a economia for tratada apenas como um país agrário, alavancada pelo agronegócio, fruto de uma forte política de importações criando uma dimensão desproporcionada de serviços de baixo valor agregado e de baixos salários; se continuarmos com estas políticas e não olharmos o nosso parque industrial nem reconstruirmos o nosso mercado interno e não encararmos os desequilíbrios regionais sistêmicos, não criará as bases para reconstruir o tecido social. Mudaremos de um posto Ypiranga para outro qualquer. Desta forma, para as políticas econômicas serão necessário assegurar um sistema de relações trabalhistas em condições de se dar efetividade o diálogo e à negociação coletiva.

O sistema de proteção de que precisamos exige compromissos de solidariedade social estruturada. Cidadãos dependentes da caridade de outrem perdem a dignidade e a liberdade e são reprodutores de pobreza, em todo o espaço das suas relações sociais. É indispensável reforçar os programas sociais como uma forma de atacar a fome e a pobreza, enquanto a nova política econômica não criar as condições necessária para que seja revista. Isso depende, em primeiro lugar, do volume de emprego, do valor dos salários e da existência de vínculos trabalhista para todos os trabalhadores - brasileiros.

Os setores políticos e econômicos que aproveitaram o aumento do PIB no Governo Lula, quando apresentou expansão média de 4% ao ano, entre 2003 e 2010, isto é, anterior a crise criada no final da década passada, passaram a agir nesta crise  transferindo, injustamente, riqueza e poder do trabalho para o capital. Este tipo de comportamento oportunista, só agrava as rasuras deste tecido social.

        


Diante de tudo isto, creditamos que a interrupção desse processo de desagregação social só poderá ocorrer com o fim da pobreza e da injustiça social. Assim, enquanto um quarto da população brasileira, 52,7 milhões de pessoas, viverem em situação de pobreza ou extrema pobreza, este tecido estará dilacerado e jamais será o penhor dessa igualdade que fala o hino. 

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

ARTIGO - O Vereador Dr. Andreson, denunciou superfaturamento na compra de teste de Covid-19 (Padre Carlos)

 

 

A Independência desta casa é condição sem a qual não há democracia.

 


 

A Câmara Municipal de Vitória da Conquista é o Poder Legislativo do nosso município, suas funções principais são: legislar, fiscalizar, julgar e administrar. Ela representa toda a comunidade, porque ali está a maioria das correntes de pensamento da população, representando os mais diversos setores da sociedade.


A importância dos poderes municipais, serem independentes e harmônicos ficou claro nesta manhã quando o presidente daquela Casa respondeu ao vereador Dr. Andreson (PC do B), que a harmonia dos dois poderes no nosso município é importante, mas a independência daquela casa é condição sem a qual não há democracia.

Ao responder ao parlamentar sobre as sérias denuncia da existência de um suposto esquema de superfaturamento na compra de teste de Covid-19 pela administração municipal, o presidente da Câmara Luís Carlos Dudé (MDB), deixou claro o papel daquela casa e aguarda a chegada dos suposto documentos fidedignos que aponta as irregularidades, para que juntos possam tomar as devidas providencias. Desta forma, ao afirmar que tem um dossiê comprovando as compras irregulares efetuadas pela Prefeitura de Vitória da Conquista, o vereador precisa tornar público estas provas para que aquela casa possa avaliar a veracidade estes documentos e buscar os devidos esclarecimentos do poder executivo.

Mesmo fazendo estas acusações, o parlamentar não deixou de reconhecer a lisura da prefeita Sheila Lemos (DEM) e da sua família. Assim, mesmo fazendo esta denuncia, ele sabe muito bem que conhecendo a prefeita e sua família, ela jamais concordaria com este tipo de comportamento e se comprovado, os agentes público serão responsabilizados pelos seus atos.

 


Quando o presidente da Câmara de Vereadores e o líder da bancada se situação se colocam a disposição para apurar supostos desvios de recursos, não podemos negar que algo mudou na Prefeitura. A força dos atos e a forma que a prefeita vem administrando esta cidade, falam por si só. Temos que admitir que isto é um fato e contra fatos não há argumentos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

ARTIGO - O Brasil é um país de Macunaíma (Padre Carlos)

 

 

Os ídolos de barro

 


O que leva um cidadão comum a eleger uma personalidade como o seu ídolo? A pergunta me veio à cabeça depois de ver pessoas no mundo do esporte e das telenovelas, se comportando como se não tivesse responsabilidade com o imaginário do seu povo. A cada dia me convenço que somos verdadeiramente um país de Macunaímas (o herói sem caráter).


Antes de qualquer coisa, que fique claro: não considero atletas nem atores ou atrizes um ídolo, na acepção da palavra. Faço a ressalva porque ser um mestre da bola ou da dramaturgia nem sempre é o suficiente. Vide Ronaldinho Gaúcho, recebido em delírio na Gávea e depois corrido da vida pública e saindo pela porta dos fundos da história, sem jamais conquistar de verdade o coração dos fãs.

         O ídolo de verdade precisar ser bem mais que isso. E ter carisma, aquela qualidade intangível que faz com que nos encantemos por quem, às vezes, nem é tão excepcional assim. Desta forma, poderia dizer que meus ídolos são aqueles que seguiram o caminho que quero percorrer e que tiveram o futuro que espero ter.

Pelé, 52 anos atrás, quando marcou o milésimo gol, disse aos jornalistas que perguntaram: a quem você dedica esta conquista? “Dedico este gol às criancinhas pobres do Brasil. A gente tem de olhar para elas.” Depois de cinqüenta anos, ainda não entendo como alguém pode sentir carinho pelas crianças pobres e não entender que a maior pobreza é o abandono.

 Faço parte de uma geração que viu a Seleção Brasileira conquistar o tricampeonato da Copa do Mundo. Com Zagallo como treinador, ele teve ousadia de reunir no mesmo time uma legião de Craques da camisa 10 em seus clubes. Tratava-se de gênios da bola, não de ídolos , este é nosso erro. Tive a oportunidade de ver em atividade o maior jogador do Brasil e até mesmo do mundo.

 Quando a TV mostrou o rei, aquele ídolo para muitos, sendo obrigado a fazer o DNA e registrar a filha Sandra, após recorrer por 13 vezes em 6 anos, me veio suas palavras no milésimo gol. “as criancinhas pobres do Brasil.”

 Quando assistir o desespero desta filha pedindo ao “pai” para visitá-la, quando estava internada com câncer terminal e ele não atendeu, passei a entender que um ídolo se faz com gestos concretos, não com retórica: “as criancinhas pobres do Brasil”

 De todos os exemplos do herói sem caráter no país de Macunaímas, o que me revoltou mais, foi quando a imprensa revelou que o “pai” não apareceu nem no velório da filha e ainda justificou a ausência porque nunca teve sentimento por ela.


Depois de tudo o que presenciei nesta vida, posso dizer que meu verdadeiro ídolo é meu Pai. Ele, um homem simples e braçal. Mas de uma generosidade e um senso de paternidade muito grande. Certa vez, minha mãe adoeceu e minhas tias pediram para ficar com a gente enquanto ela se recuperava, meu pai olhou para minhas tias e falou: ninguém me separa de meus filhos. Foi este homem que me mostrou que precisamos começar protegendo as criancinhas pobres do Brasil, pela nossa casa.   Obrigada por ser minha inspiração para ser alguém melhor a cada dia.

 



 

 

 

 

 

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...