Vivemos uma crise ética, política e de liderança no centro democrático.
Vamos
entrar no ano eleitoral com a esquerda liderando todas as pesquisas de opinião,
enquanto isto, os partidos da direita democrática buscam de todas as formas uma
alternativa para continuar na disputa e como não poderia ser de outra forma, buscam entre os pré-candidatos um bom portfólio, para poder se
manter no jogo. Como observador, poderia
dizer que o grande objetivo neste momento deveria ser buscar entre seus quadros
técnicos, alguém com capacidade de rascunhar um discurso propositivo que viesse polarizar
com a esquerda e a utra-direita para conquistar o voto de opinião desta parcela tão importante da
sociedade que é a classe média. Existem momentos em que precisamos perder, para dar-mos
conta de quão estáva-mos errados.
Quero dizer que as instituições da República como o MPF e os
meios de comunicação, não poderão agir como agentes políticos, como fizeram recentemente, eles ocuparam este espaço, porque os partidos de direita e do centro, que deveriam fazer isso, não estavam
conseguindo atuar de forma eficiente em se constituírem como opção de poder
pelo voto. Não é desta forma que conseguirão reverter esta vantagem do seu
oponente. Tudo isto, somado a incompetência, a arrogância e o desespero de
alguns quadros, poderão levar mais uma vez a polarização do processo eleitoral
e frustrar a construção de uma frente democrática capaz de repactuar a nação.
Alguns
temem que a aparente indiferença do povo brasileiro, diante das revelações
sobre a corrupção moral e política do governo Bolsonaro e do próprio presidente
seja uma prova, de que a corrupção, já se expandiu por toda parte. Gostaria aqui de lembrar ao leitor das
palavras de Maquiavel: se a corrupção se estendeu até o público, de modo que o
povo não se sente ultrajado pela corrupção moral e política de seus líderes;
se, em vez de exigir leis e líderes que defendam a virtude e promovam o bem
comum, o povo passar a imitar seus lideres justificando todo tipo de corrupção
então chegou ao fim do poço. Quando ficar claro este estágio, estaremos no caminho
que nos levará a tirania. •
Falta também discutir coletivamente de forma
racional as causas e conseqüências desta crise ética, política e de liderança
que o centro democrático vem enfrentando. Podemos dizer que ela é decorrente da
perseguição que o MPF o Judiciário e setores da imprensa criaram ao demonizar a
classe política. Não que alguns políticos não mereçam ser afastado por desvio
ético. Mas o que estamos falando aqui é de uma campanha midiática, que teve como
fim deliberado desmoralizar toda a
classe política.