Analise
de conjuntura tem que ser um olhar crítico
Cada vez
mais isolado, sem apoio da sociedade, sem idéias para o Brasil e sem uma
alternativa clara para oferecer à população nas próximas eleições, o
bolsonarismo tenta repetir uma polarização com o anti-petismo e aposta em uma
frente com os liberais e setores do centro. Diante desta falta de proposta, só
resta o discurso populista, pois não se constrange ao manifestar sua falta de
apreço pela democracia e pela liberdade.
Diante da
inércia e da falta de representatividade, não se pode ignorar a intervenção
estapafúrdia do presidente nos compromissos internacional, quando se notabiliza
cada vez mais pela enorme dificuldade de articular um pensamento minimamente
coerente, lógico e concatenado.
Fica claro
que, assim como não entende de economia, política, gestão pública, liderança e
inúmeros outros assuntos para os quais deveria dar mais atenção. Bolsonaro não consegue interpretar ou
identificar o que são liberdades, democracia e república. Res publica "coisa do povo", "coisa
pública". Ignora a origem da palavra república. A família esqueceu por
completo que o termo normalmente se refere a uma coisa que não é considerada
propriedade privada, mas a qual é, em vez disso, mantida em conjunto por muitas
pessoas.
Tal
comportamento intolerante e antidemocrático de apropriar segundo o Ministério
Público de parte do salário dos funcionários do gabinete, como tentar nomear
seu filho embaixador em Washington ou intervir na estrutura do Estado, não são
atitudes nada republicana.
Não
podemos negar, que a direita que busca se distanciar do bolsonarismo tem certa
culpa com tudo o que está acontecendo, Essa direita de que falamos com certa
vergonha e um profundo pesar se assemelha cada vez mais à extrema-direita da
qual tanto pretende se diferenciar. São grupos que tentam censurar e tirar
proveito da situação. É uma visão arcaica, anacrônica, reacionária e até mesmo
fascista.
Quando
afirmamos a necessidade de construirmos uma alternativa concreta que unifique o
campo das forças democráticas para as eleições de outubro, é também em função
disso. A esquerda não tem maioria para governar e o centro e parcela da
burguesia precisam entender que é hora de uma Geringonça brasileira
e para que o país saia desta crise é preciso um grande pacto e sem os setores
que representam todos os seguimentos ficaremos refém do Centrão e dos seus
caciques.