“A
saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi”
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“A
saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi”
A revolução que eu não fiz!
O título escolhido para esse artigo me
transporta para o início de minha adolescência. Foi na militância do movimento
estudantil, naquela década que convencionamos chamar de anos de chumbo que tudo
começou. Foi lá que comecei a indagar e questionar, dentro dos meus valores e
crenças, o que queria no mundo. E assim começa a minha história.
Minha preocupação sempre foi como passar esta
minha vivências para as minhas filhas, este sempre foi o motivo de preocupação
para mim, atentos ao que é ensinado nas escolas, inquietos com a desinformação
geral dos jovens. Pensei em registrar, neste artigo minha preocupação com esta
geração e a falta que faz as utopias no imaginário destes meninos.
Trazer esses tempos de militância – que eu
gostaria de descrever aqui, com tanta euforia, resgata valores e sentimentos
que eu acreditava não existir mais em minhas lembranças emocionais. Confesso
aos senhores e senhoras, que ainda acredito e penso que podemos mudar o mundo.
Digo isto, porque sou de uma geração que ousou resistir à ditadura e exerceu o
legítimo direito universal, humano, de reagir contra a tirania instaurada no
Brasil a partir de 1º de abril de 1964. O direito de rebeldia faz parte da
história da humanidade.
Minha geração tinha outros valores que esta
rapaziada não conhece e acredito perdeu muito em não cultivar as nossas utopias.
Posso dizer que minha geração fez a diferença e lutou por um mundo melhor. Por
isto, posso dizer que me orgulho de ter nascido em meados do século passado,
numa Pituba, onde todos se conheciam, naqueles tempos a vida era mais salutar,
a amizade tinha a força capaz de superar o preconceito devido o peso da
verdade.
Sonhávamos naquela época, que poderíamos mudar
o mundo; Mas na verdade a militância criava em mim uma necessidade de me tornar
sempre mais forte e veloz que os outros companheiros da classe média. Anos
depois descobrir que aquela força que buscava não era pra lutar em um ringue,
mas para lutar contra o meu próprio destino. Na juventude, eu me achava inteligente, queria
mudar o mundo, mas descobrir com o tempo, que foi o mundo que me mudou. Isto
porque, depois dos cinquenta, você encontra a sabedoria e passa a entender que
o verdadeiro revolucionário é aquele que consegue mudar a si mesmo.
Não sou o único guerrilheiro, a história
está cheia de lutadores; guerreiros, revolucionários, missionários, senadores,
cientistas, músicos, cineastas, escritores, reformadores, papas, professores,
homens e mulheres que sabiam que podiam mudar o mundo, e mudaram. Assim, posso
dizer hoje que se não fiz a revolução, se não mudei o destino das coisas, posso
dizer que conseguir mudar o meu mundo, a minha vida o meu destino.
O PSOL e
o PCdoB podem desaparecer com o crescimento do PT e do centro esquerda.
Antes de iniciar esta
abordagem, gostaria de deixar claro que não estamos fazendo alguma crítica à
direção destes partidos nem aos parlamentares muito menos aos seus militantes.
O nosso objetivo como profissional da filosofia é abordar os fenômeno
políticos, dentro dos efeitos da crise de utopias que vem se abatendo nesta
arena nas ultimas três décadas. Ressalto que estes companheiros, na sua maioria
são pessoas sérias e comprometidas com as mudanças que o país tanto precisa.
Como professor de filosofia política, venho
percebendo que já faz alguns pleitos que os partidos de esquerda não conseguem
captar o voto jovem e urbano das grandes e médias cidades mais prósperas, e se
não conseguir captar o voto dos mais pobres e descamisados (que parece ser uma
marca do PT), estes partidos entrará numa espiral descendente igual ao que os
partidos de direita vêm enfrentando com o surgimento do bolsonarismo: não tem
espaço para crescer e definhará demograficamente com o tempo.
Diante do que tenho percebido como
profissional desta área estou absolutamente convencido de que o PSOL e o PCdoB
está a caminho de uma morte anunciada. Historicamente, o PSOL é muito parecido
ao Nescafé: faz-se depressa com água quente, mas dura pouco tempo. Sabem por
quê? Na verdade o Porquê está relacionado à falta de raízes profundas, além
da falta de base política e ideológica. Vivem em uma bolha de classe média
privilegiada das cidades, jovens estudantes universitários e professores,
famílias de classe média e, por isso, falta-lhe a base de classe, a base comunitária
e a identificação popular. Porque é que não há praticamente vereadores do PSOL
passados tantos anos desde o início do partido?
Eu acredito que essa decadência do Bloco é
mesmo inexorável, a realidade é sempre surpreendente. Mas, de fato, estes
partidos estão neste momento fechado numa sala escura sem futuro. E vou tentar
explicar o porquê.
Se o Partido dos Trabalhadores ficou
demograficamente confinado a uma geração de trabalhadores sindicalizados
alinhados a CUT nas décadas de 80 e 90 de uma dada região do país, o PCdoB
e o POSOL ficaram demograficamente confinado numa parte da juventude
urbana e privilegiado da minha geração; pessoas que agora estão entre o
final dos 50 e os 60. Eu não estou vendo estes partidos conseguindo captar os
votos das novas gerações e, não por acaso, as direções destes partidos buscam
na federação destas entidades uma forma de conter a sangria não só de quadros,
mas de voto. Outro fato importante é a forma como estes partidos terminam
aceitando lideranças populistas em suas fileiras devido à densidade eleitoral
destes candidatos. Estas iniciativas, além de descaracterizarem a sigla no
parlamento, terminam prejudicando seus verdadeiros quadros. Outro fator que não tem ajudado muito estes
partidos é a necessidade se se alinharem com o PT em seus projetos eleitorais e
ideológicos e desta forma, serem arrastados por candidaturas majoritárias tanto
a nível federal como estadual, deixando assim em pânico com a ascensão de Lula
e do PT, como partido que mais capta sem qualquer margem de dúvida o espírito
jovem urbano do século XXI.
Há uma marca cultural que o PSOL e o PCdoB
parecem não está entendendo: o espírito jovem do século XXI (o hipster) é
profundamente capitalista, aberto, cosmopolita; defende
o empreendedorismo e celebra e até venera figuras como Steve Jobs. Os
jovens de hoje querem viajar pelo mundo da internet e celebrar as
novas tecnologias e o espírito inovador e moderado do centro político, como
aconteceu em Portugal e como o PT se apresenta. A esquerda radical não lhes diz
nada, porque essa esquerda tem a cabeça enterrada nos mitos do século
XX. Além disso, todas as causas e bandeiras relacionadas a estas utopias
estão ligas aos partidos de centro esquerdos e do centro.
Por outro lado, os jovens de hoje conhecem
bem as diversas realidades do nosso país, onde se praticam políticas de centro
esquerda e social democrata, na educação e na saúde, passando pela Segurança
Social. Não entendem ou não priorizam em suas vidas como fizeram gerações
passada construir seus castelos de sonhos e utopias no campo ideológico. Assim,
quando escutam dizer sobre essas políticas de largo consenso é: “fascistas”,
“neoliberais” terminam não entendendo este comportamento de alguns ativistas.
Desta forma, estes partidos, desenvolve um orgulhosamente: somos socialistas! Este
mantra não seduz mais esta nova juventude que busca virá a triste era Bolsonaro.
.
Como analista, acredito que para se manter
no jogo e fazer dá certa uma federação de partido de esquerda, eles precisarão
capta os votos dos jovens das grandes e médias cidades do nosso país. Além
disso, poderá captar os votos dos mais pobres, dos descontentes, do povo que se
sente e sentirá injustiçado pelo governo do PT e pela Direita.
Precisamos
de uma política de centro
A
estabilidade e a governabilidade não são um fim em si mesmo, o importante é que
as escolhas que fizermos resultem em um bom governo, inovador, eficaz e,
sobretudo, prudente.
Precisamos de um líder, um estadista que possa
fazer a mudança reformista que o país tanto precisa, no sentido da
flexibilidade, da inovação e de um pacto social. Com o surgimento de um novo
centro, o Brasil pode se tornar uma grande economia de mercado, fortemente competitiva,
mantendo, ao mesmo tempo, uma sociedade aberta e um estado social robusta para todos.
Ora, os brasileiros tem sinalizado que querem
mudanças e o candidato que está à frente das pesquisas, busca mesmo antes da eleição
construir uma nova maioria. Esta nova maioria poderá significar além do bloco
da esquerda, esse novo centro. Um novo centro vital, que desafie as
dificuldades e construa moderadamente a mudança. Uma mudança que situe
finalmente o Brasil no século XXI.
Precisamos de valores encarnados na nossa
cultura e o novo centro precisa transcender os valores do estado social de
direito, da dignidade humana, da tolerância, da iniciativa privada e da
liberdade com responsabilidade. Os valores do centro político moderado de
matriz europeia. Não vamos abandona-los, mas adapta-lo a nossa realidade, as
nossas necessidades. Precisamos avançar e buscar novos compromissos e novas
alianças com o povo brasileiro.
Agora impõe-se a pergunta: que fazer com este
novo centro, sobretudo, quando falta confiança do eleitor nestes partidos, não
podemos ter receio do risco de mudanças de paradigma nem apego ao presente,
nosso compromisso tem que ser com o povo brasileiro e na esperança num futuro
melhor!
Depois de mais de quarenta anos fazendo
política, temos a obrigação de entender que a democracia não é, nem nunca foi,
uma meritocracia. O campo da política não é o da verdade, mas o reino do
conflito de interesses e valores, mediado pela palavra. Por isto o centro
precisa dá sua contribuição neste momento de transição em que o país atravessa.
A nossa contribuição não deve está condicionada, a estabilidade e a
governabilidade como fim em si mesmo, o que importa é a escolha que os
brasileiros estão prestes a fazer e que ela resulte em um bom governo,
inovador, eficaz e, sobretudo, precavido. Um governo modesto, robusto e ágil,
com os melhores para pôr em prática as melhores políticas.
.
Dudé defende a
criação da Universidade do Sudoeste da Bahia
Hoje ao ouvir o
pronunciamento do vereador Luiz Carlos Dudé, sobre a luta que tem se estendido
a mais de duas décadas para implantar a Universidade Federal do Sudoeste, me
fez pensar como estamos carente de representante a nível federal que possa
tornar este sonho uma realidade. Quando o presidente daquela casa chama a
atenção da comunidade conquistense para a importância deste fato, ele busca ressaltar
como a Universidade Federal do Sudoeste Impactaria na nossa Sociedade e na
nossa cidade e região! Estes foram os questionamentos que buscaram dar
seguimento a campanha e projeto que o saudoso deputado Coriolano Sales tanto se
dedicou e, continuar a sua luta, seria não só uma homenagem a este homem que
dedicou os melhores anos da sua vida a esta terra, mas também estender esta
luta pela Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade.
Falar que os
governos petistas não lutaram pela educação seria mentira, afinal foram criados
aqui no nosso estado a Universidade Federal do Vale do São Francisco, na cidade
de Barreiras e a Universidade Federal do Recôncavo Baiano em Cruz das Almas.
Mas porque a Universidade Federal do Sudoeste não foi criada? Faltou vontade
política ou representação regional no Congresso? Acredito que faltaram os dois.
Vontade política de grupos que batesse na mesa e dissesse: Presidente o
Sudoeste baiano também merece uma Universidade Federal.
É
daqui desta região que saem os votos para aquilo que será aplicado
pelo governo em saúde, educação, segurança pública, cultura, infraestrutura,
etc.
Daqui do Sudoeste saem os votos para
o reajuste do salário mínimo, daqui saíram os votos para o auxílio
emergencial. Daqui podem sair também os votos para mais propostas de
incentivo à geração de trabalho e renda. Daqui podem sair também os votos para
o crédito emergencial da agricultura familiar. Daqui podem e devem sair
propostas em contribuição a ações que minimizem os efeitos destruidores
das fortes chuvas que se abateram nas comunidades de vários
municípios da nossa região, principalmente aquelas pessoas que perderam suas
casas e estão vivendo de favor. Destes votos, podem voltar a sair a propostas
de criação da Universidade do Sudoeste da Bahia.
Gostaria de
parabenizar o Presidente desta casa pelo resgate da luta do saudoso deputado
Coriolano e lembrar a nossa comunidade que precisamos empunhar a bandeira
da defesa da Universidade do Sudoeste. Assim, esperamos que os votos do
Sudoeste baiano sejam para lutar pela saúde, a educação e a assistência
social como investimentos e não como meros gastos em planilhas contábeis.
O Bolsonarismo veio para ficar
Muitos acreditam que com o termino deste governo se dará de forma
natural o fim do Bolsonarismo. O que as pessoas não percebem é que está onda da
ultradireita, esta relacionada com os avanços da democracia e a disputa de
interesse dentro da própria direita. Muitos políticos deste campo que abraçaram
este projeto, hoje abomina sua criação e sabem no que votaram. O Bolsonarismo
veio para ficar. Não são todos fascistas, apesar de alguns serem. Não são todos
racistas, apesar de muitos serem. Não são todos homofóbicos, apesar de quase
todos serem. Mas há uma coisa que todos são: adultos. A forma de combater os
inimigos da democracia não é pedindo desculpa, como se lhes tivéssemos falhado.
É garantindo a representação justa àqueles a quem a política, o Estado e a
economia falham.
Apesar de estarmos vendo um Bolsonaro diferente das eleições anteriores,
onde seus temas e tiradas tornava-se o centro das conversas e das preocupações,
percebemos também uma base solida, independente dos aliados mercenários que
estão no barco como rato.
No entanto, apesar de lidar com a mesma pressão da bipolarização nas
pesquisas, seu discurso perdeu muito do messianismo da ultima eleição, apesar
das perdas que sofreu nos últimos tempos, o bolsonarismo se transformou como a
segunda força ideológica no cenário nacional. É verdade que está longe dos
resultados das pesquisas de quatro anos atrás, mas com a decadência da direita
liberal, vai se consolidando como porta-voz de uma futura oposição.
Muitos acreditam que o fortalecimento da candidatura da esquerda tem se
dado, devido à tomada de consciência do que tem representado este governo e
desta forma, as pessoas vão percebendo naquilo em que votaram. Sim, o fato de
Jair Bolsonaro não ser, ao contrário de quase todos os seus adversários, um
partido, mas uma pessoa com uma sigla ao lado, cria de fato um novo na política
que passa a gestar uma nova ultradireita de personalismo autoritário. As forças
que abraçaram este projeto há quatro anos, não eram tolas
nem idiotas. Elas sabiam no que estavam votando. Elas sabiam que Bolsonaro não era
um excelente candidato, competente e empenhado em melhor o país. Votaram nele
porque acharam que afastando à esquerda o pós Bolsonaro lhes pertenceria.
É bom pararem de alimentar falsas esperanças: o bolsonarismo veio para
ficar. Porque só um tipo de direita sobreviverá: o que ocupa um lugar
politicamente pré-existente. É por isso que o PSDB e alguns partidos que
gravitaram em torno dele se encontram em crise. E é por se ter tornado
redundante em relação ao seu espaço que os partidos de centro-direita precisam
se renovar para não morrer. Como as empresas, um partido até pode criar o seu
próprio mercado. Mas dificilmente sobrevive se não responder as necessidades e
as demandas pré-estabelecidas. Mesmo que o bolsonarismo viesse morrer, outro
tomaria o seu lugar. A extrema-direita meteu o pé na porta e ela escancarou todas
as neuroses de uma direita que estava escondida com a onda da redemocratização,
a porta esta definitivamente aberta para este seguimento.
Num país que conheceu uma a ditadura do Estado Novo e a Militar de 1964,
seria estranho que todos fossem amantes da democracia. O surgimento do
bolsonarismo no cenário político foi mal compreendido pelos cientistas e por alguns
analistas políticos, ele representa algo de mais sério na nossa sociedade. Como
profissional desta área, posso afirmar que este é um caso, bastante habitual na
política, especialmente quando a extrema-direita ganha força, deixa transparecer
uma tensão que sempre existiu e que a sociedade vai absolvendo até que ele se
transforme num problema político (carregado de caricaturas) aparentemente impossível
de se resolver transformando luta de classe em ódio.
O resto é semelhante ao que se passa em todo o mundo. Só os inocentes,
os mais tolerantes, moderados e menos racistas, poderiam acreditar que o fascismo
não chegaria por estas bandas. Chegaram como todas chegam, com umas décadas de
atraso, mas chegaram pra ficar.
"Eu sou um pecador que procura fazer o
bem".
Nestes
dias as palavras do Papa Francisco passaram a povoar minha cabeça e assim, passei
a refletir na mina oração diária: "Eu sou um pecador que procura fazer o
bem". Lembrei-me da cirurgia que o Santo Padre foi obrigado a tirar 33
centímetros de intestino e se manteve integro sem pensar em renunciar. Quem já
viveu um pouco mais, sabe que quando o Papa está doente corre uma brisa, ou
melhor, um furacão na Cúria romana, sempre farejando um Conclave, todos
voltados e pensando na eleição de um novo Papa. "Nem me passou pela cabeça”
disse o Pontífice. Para nossa alegria e para o bem da própria Igreja, ele esta
bem e vai continuar com as reformas, tudo o que foi pedido pelos cardeais antes
da sua inesperada eleição está sendo colocado em prática. "Creio que ainda
há várias coisas por fazer, mas não há nada que eu tenha inventado. Estou
apenas obedecendo ao que se estabeleceu e o que os cristãos estão esperando de
mim, embora talvez alguns não tenham percebido, as coisas na Igreja não estava
assim tão bem...". As viagens continuaram normalmente e nosso Papa missionário
voltou.
Outro
dia um repórter perguntou ao Papa se o diabo anda à solta no Vaticano?
Francisco deu aquela risada que conhecemos e respondeu que ele anda por todo o
lado, também no Vaticano, mas tem sobretudo medo dos "diabos
educados": "tocam à campainha, pedem licença, entram em casa,
fazem-se amigos..., tenho pavor aos diabos educados. São os piores, e a gente
engana-se muito, muito."
Sobre
a reforma da Cúria, fala em "ajustes" (por exemplo, (Ministérios),
com um leigo ou leiga à frente...), não de revolução. A Constituição Apostólica
Praedicate Evangelium (Anunciai
o Evangelho): não tem nada de novo.”.
Sobre
as "missas tridentinas" (em latim e de costas para o povo), diz que
ele não é de "dar murros na mesa, não consigo, até sou tímido". Mas
impôs limites. E quer que "a proclamação da Palavra seja na língua que
todos entendam; o contrário é rir-se da Palavra de Deus".
A
propósito de uma pergunta sobre a eutanásia, pede que nos situemos:
"Estamos vivendo uma cultura do descarte. O que não serve joga-se fora. Os
velhos são material descartável: incomodam. Os doentes mais terminais, também,
os bebés não desejados, também, e são mandados para o remetente antes de nascer."
Depois, quando se pensa nas periferias, temos "o descarte de povos
inteiros. Pense nos rohingyas...". Quanto aos migrantes: "A minha
resposta seria: quatro atitudes: acolher, proteger, promover, integrar. Vou à
última: acolhidos, se não são integrados, são um perigo, porque se sentem
estranhos." Mas também eles têm de se integrar.
As
suas maiores desilusões? "Tive várias na vida e isso é bom, pois fazem-nos
cair. O problema está em levantar-se... Creio que perante uma guerra, uma
derrota, um fracasso ou o próprio pecado, o problema é levantar-se e não
permanecer caído."
Assim
terminei minha oração com esta reflexão!
A geração que fez a diferença! Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...