domingo, 6 de fevereiro de 2022

ARTIGO - Precisamos de uma política de centro (Padre Carlos)

 

Precisamos de uma política de centro



A estabilidade e a governabilidade não são um fim em si mesmo, o importante é que as escolhas que fizermos resultem em um bom governo, inovador, eficaz e, sobretudo, prudente.

Precisamos de um líder, um estadista que possa fazer a mudança reformista que o país tanto precisa, no sentido da flexibilidade, da inovação e de um pacto social. Com o surgimento de um novo centro, o Brasil pode se tornar uma grande economia de mercado, fortemente competitiva, mantendo, ao mesmo tempo, uma sociedade aberta e um estado social robusta para todos.

Ora, os brasileiros tem sinalizado que querem mudanças e o candidato que está à frente das pesquisas, busca mesmo antes da eleição construir uma nova maioria. Esta nova maioria poderá significar além do bloco da esquerda, esse novo centro. Um novo centro vital, que desafie as dificuldades e construa moderadamente a mudança. Uma mudança que situe finalmente o Brasil no século XXI.

Precisamos de valores encarnados na nossa cultura e o novo centro precisa transcender os valores do estado social de direito, da dignidade humana, da tolerância, da iniciativa privada e da liberdade com responsabilidade. Os valores do centro político moderado de matriz europeia. Não vamos abandona-los, mas adapta-lo a nossa realidade, as nossas necessidades. Precisamos avançar e buscar novos compromissos e novas alianças com o povo brasileiro.

Agora impõe-se a pergunta: que fazer com este novo centro, sobretudo, quando falta confiança do eleitor nestes partidos, não podemos ter receio do risco de mudanças de paradigma nem apego ao presente, nosso compromisso tem que ser com o povo brasileiro e na esperança num futuro melhor!

Depois de mais de quarenta anos fazendo política, temos a obrigação de entender que a democracia não é, nem nunca foi, uma meritocracia. O campo da política não é o da verdade, mas o reino do conflito de interesses e valores, mediado pela palavra. Por isto o centro precisa dá sua contribuição neste momento de transição em que o país atravessa. A nossa contribuição não deve está condicionada, a estabilidade e a governabilidade como fim em si mesmo, o que importa é a escolha que os brasileiros estão prestes a fazer e que ela resulte em um bom governo, inovador, eficaz e, sobretudo, precavido. Um governo modesto, robusto e ágil, com os melhores para pôr em prática as melhores políticas.

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