domingo, 28 de abril de 2019

“Quem nunca curtiu uma paixão Nunca vai ter nada, não”


“Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não”

            Defendemos com todas as nossas forças a liberdade, levamos a cabo varias revoluções e empreendemos varias frentes de batalha, mas, depois de tudo, o que conta mesmo é o descanso do guerreiro é o beijo, é o amor, é o carinho da amada é a certeza que tenho alguém que me espera de braços aberto, mesmo quando os nossos ideais não são comuns.
            Somos criados para viver em liberdade, é ela que acende em nós o ideal da revolução e a aceitação da luta como forma de atingir essas conquistas. Lutamos por aquilo em que acreditamos, mas também lutamos por aquilo em que outros acreditam, porque temos a capacidade de sentir empatia pelos ideais daqueles que nos rodeiam e de nos sentirmos impelidos a defendê-los, fazendo da sua a nossa bandeira.
            Envolvemo-nos constantemente em lutas, grandes, pequenas ou minúsculas. Lutamos por uma vaga no estacionamento, como lutamos também por direitos iguais para todos; lutamos pelo reconhecimento do nosso trabalho, como lutamos em defesa dos animais; lutamos por um lugar nos transportes públicos assim como lutamos pela paz no mundo, ou pela erradicação da pobreza ou da fome. Somos capazes dos atos mais altruístas como dos mais egoístas e, quotidianamente, lutamos para viver e, algumas vezes, para sobreviver.
            Somos feitos do desejo de guerrear, ele faz parte da nossa natureza humana, nos dando capacidade de lutar por tudo: grandes ideais ou pequenas discussões. E é quando percebemos a falta de sentido para as pequenas lutas, aquelas que só nos desgastam e em nada contribuem para a nossa felicidade (e, muitas vezes, muito menos para a dos outros), que devemos questionar sobre o motivo que nos leva a empreender tal luta. Quando buscamos conhecer o nosso interior, encontramos a causa dos nossos sofrimentos, solucionamos as consequências e encontramos em nós as força para mudar.
            Como diz Cecília Meireles: “E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza. E deixemos de coisa, cuidemos da vida. Pois senão chega a morte. Ou coisa parecida. E nos arrasta moço. Sem ter visto a vida.”.
            Só conscientes das nossas virtudes e dos nossos defeitos conseguimos criar espaço, no nosso coração, para o amor. Como Dizia o Poeta Vinicius de Moraes: Não há mal pior. Do que a descrença. Mesmo o amor que não compensa. É melhor que a solidão. Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair. Pra que somar. Se a gente pode dividir? Eu francamente já não quero nem saber. De quem não vai porque tem medo de sofrer.  Ai de quem não rasga o coração. Esse não vai ter perdão.
            Esse é o grande pecado, quem não amar estará perdido.  O amor é, pois, o que nos redime e nos consola o que fica depois de todas as guerras travadas, depois de toda a vida embaçada, minúscula, imprecisa e preciosa como nenhuma outra coisa. O amor é alimento, força motriz é o norte e o oriente, que nos permite manter a cabeça bem erguida neste mundo de meu Deus.
Padre Carlos.


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