Escolas públicas: soldado ou cidadão?
Ao
tomar conhecimento através dos blogs da nossa cidade que a Prefeitura de Vitória
da Conquista esta avaliando implantar o sistema de ensino dos colégios
Militares, pude entender que além das questões pedagógicas, a questão de
segurança também entrou definitivamente pelos portões dos nossos colégios. Podemos
afirmar que em geral, as escolas militares são bem vistas pela população,
sobretudo por seus índices na qualidade do ensino, que é, aliás, uma das
justificativas do governo municipal para avaliar em implementá-las.
Mesmo
não concordando com o tipo de formação, não podemos negar que este modelo vem ganhando
mais e mais visibilidade, ao mesmo tempo ele desperta dúvida e controvérsia, em
função de seus fundamentos:
Como professor de filosofia
e cidadão envolvido no assunto, gostaria de deixar claro, que a militarização
das escolas no nosso município não é o caminho. É a educação pública, gratuita,
laica, democrática, inclusiva e de qualidade social que oferece formação
ampliada para os sujeitos que vão transformar nossa realidade, por isto não
abrimos mão do ensino crítico, criativo e emancipatório. Apesar de não estarmos
recebendo esta educação pública em decorrência da falta de investimentos por
parte dos poderes públicos e certa cultura corporativista classista.
Voltando
ao ensino militar, gostaria de dizer que ele vai na contramão do que significa
a educação transformadora de mentes e corações. E neste cenário de tanta dor,
morte, é a esperança de que juntos e juntas vamos construir um amanhã melhor
que nos move. E este novo amanhã começa dentro de uma escola que humaniza e
rejeita as violências como estratégias pedagógicas.
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