quarta-feira, 7 de julho de 2021

ARTIGO - MDB - Sob nova direção (Padre Carlos)

 

MDB - Sob nova direção


 


Sob nova direção, o MDB de vitória da Conquista escolheu nesta quarta-feira (7)  Lúcia Rocha como presidente da Comissão Provisória do partido na nossa cidade. Esta escolha se deu sem que a bancada e os filiados fossem ouvidos e pudessem opinar na formação desta nova direção partidária. O vereador Dudé apesar de aceitar a decisão, não pode esconder a surpresa como foi realizada tal mudanças e a forma nada democrática nem republicana da escolha da nova Comissão. Os filiados do partido acreditavam que  as mudanças seriam realizada de forma democrática e com a participação de todos os integrantes da agremiação.


Não podemos negar que atos como este, levantam cada vez mais a certeza que a falta da democratização interna dos partidos políticos brasileiros, ameaça a própria democracia.  Quando tomamos conhecimento da mudança da direção do MDB na nossa cidade, passamos a entender como  os partidos políticos na atualidade possuem ainda um forte caráter oligárquico, de maneira que apenas aqueles que compõem a cúpula dirigente dos partidos tomam as decisões mais importantes – entre elas a de seleção dos filiados para compor a comissões provisórias e como o partido deve se posicionar.

 Quando levantamos estas questões, gostaríamos de dizer que o respeito e a consideração com os filiados e parlamentares deveria ser o grande requisito para criar as condições para a democratização interna dos partidos, por um lado, por meio da eficácia horizontal dos direitos fundamentais e, por outro, mediante maior participação política do cidadão em seu dia a dia.

Quando Lúcio Vieira Lima se  reune, com Luiz Caetano, secretário estadual de Relações Institucionais do governador Rui Costa (PT), mas garante que pode apoiar qualquer um: o candidato do PT, Jaques Wagner, ou ex-prefeito ACM Neto (DEM) ou mesmo João Roma, ministro da Cidadania, hoje abrigado no Republicanos, fica evidente que os Vieira Lima ainda não tem uma posição formada para os futuros embates. Assim, o emedebista vai construindo um formato de partido que não tenha traços ideológico e possa acompanhar a decisão do cacique político.

Não podemos esquecer que o MDB era o partido do ex-prefeito de Conquista, Herzem Gusmão e o grande adversário do Governo da Bahia. Herzem era a maior liderança do partido e da oposição não só na cidade, mas em toda região sudoeste da Bahia e por isto, uma mudança de mentalidade e orientação  ideológica estaria colocando em risco o projeto da oposição e o futuro de muitas lideranças na nossa região.


Quando o vereador Luiz Carlos Dudé (MDB), diz que foi pego de surpresa, não quer dizer que não concorda, pelo contrario, ele chama a atenção para a forma nada democrática em que se deu a renovação da nova Comissão Provisória e o receio do partido tomar novos rumos. A bancada do partido não foi ouvida, a prefeita que é a grande liderança hoje deste projeto, também não foi consultada. Como diz o parlamentar: “ fomos todos pegos de surpresa”.

 

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