quinta-feira, 15 de setembro de 2022

ARTIGO - Qual o proposito da minha vida? (Padre Carlos)

 

Como se proteger contra o vazio e o desespero




 

         Outro dia, um amigo me mandou um vídeo que tratava da importância da Longoterapia e como esta forma de abordar nossos problemas pode fazer toda diferença. Como entender a dor do outro e saber realmente o que fica quando tudo lhe é tirado? Nesta abordagem terapêutica, passamos a entender o proposito de buscar um projeto de vida seja a família, lutar pela liberdade ou defender o oprimido e lutar por um mundo melhor. Como aceitar que o sentido da vida é um elemento básico para a preservação da saúde mental?

Precisamos neste contexto vivenciar uma abordagem de esperança no presente e futuro, em um Brasil com muitas teorias, mas, poucas, que trazem esperança e sentidos de vida. Num Brasil, antes das eleições e depois, dividido e pairando no ar uma incerteza de dias melhores, medo, e mágoas de relacionamentos quebrados, uma economia que não sai da estagnação com milhões de desempregados. Precisamos traz esperança, sentidos e que cada um com Liberdade e Responsabilidade possa construir um futuro com garra e muito sentidos de viver, para sim e no meio em que vive Esta abordagem tem como núcleo central a vontade de sentido da existência humana. É esta vontade que busca um sentido de vida para cada indivíduo, e será responsável por explicar a sua existência.

Como teólogo, entendemos que a psicoterapia procura a cura da alma, ao passo que a religião busca a salvação da alma. E vale salientar que seja religioso ou não, todo homem busca fundamentalmente um sentido, sendo o vazio existencial o que mais o atormenta.  A religiosidade pode ajudar a encontrar um significado para a vida, que a protege contra o vazio e o desespero.

Nesta pandemia pode entender que quando a dor do outro não lhe afeta quem precisa de ajuda é você. Foram comportamentos de algumas autoridades diante das perdas de milhares de vida que passei acreditar que a dor do outro é também minha dor e este tem sido o proposito da minha vida. Para se conectar com a dor do outro, é preciso se conectar a nossa, reconhecê-la em nós. O que pode ajudá-la é, simplesmente, estar lá para ela. Totalmente conectados. Como é difícil entender que a dor do outro é também é a nossa dor e se não fizermos nada para amenizá-la, sofreremos também como indivíduo e na nossa humanidade.

Para isto, será necessário tornar nosso coração manso e humilde como o de Cristo. Só a assim, poderemos enxergar para além da nossa dor a dor dos oprimidos, transformando fraqueza em força em favor dos mais necessitados, lutando por um mundo mais justo, onde compartilhar e amar ao próximo como a si mesmo seja a regra.


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