“Ladrão
que não é apanhado, passa por homem honrado”.
Uma
das coisas que lembro bem do meu tempo de criança são as palavras de meu pai
dizendo estas expressões: “Ladrão
que não é apanhado, passa por homem honrado”.
Ele sempre se referia aos políticos quando se utilizava destes ditados. Sempre
tinha um propósito aquelas falas do meu pai, pois em sua sabedoria de homem
simples já chamara a atenção de seus filhos para os desvios das virtudes e
ética que leva este comportamento danoso dos representantes do povo na vida
pública do nosso país. E olha que estamos falando do período de uma ditadura
que se transvertia de honesta.
O
jornalismo investigativo vem expondo nos últimos anos as rachadinhas, compra de
votos na eleição e os Leites Moça produzido por este governo. Com esta atitude,
ela devassa a representação da elite e descobre que não são diferentes, os
poderes atuam como se fossem uma só entidade, todos mancomunados nos mesmos
objetivos: manter os privilégios, aumento salarial acima da lei, ganhar
eleições, manter o poder, sustentar o tráfico de influência e enriquecer
ilicitamente.
Este
tipo de comportamento comum explica o: “Ladrão que não é apanhado, passa por homem honrado”,
pois o modo de agir é o mesmo. A promessa eleitoral que não cumpre a negociata
para a aprovação de projetos contrários aos interesses populares, à propina
instituída às escondidas e tantos outros descaminhos. A pertença aos diversos
partidos não os torna diferentes, pois nem professam a ideologia partidária que
serve apenas para constar dos seus estatutos, o que justifica o ditado: “Ladrão que não é apanhado, passa por
homem honrado”.
Se
a classe política já não era tão bem vista à época em que os órgãos da imprensa
era adesista ou amordaçado, sem este filtro ela caiu em total descrédito, é
claro que toda regra tem exceções, mas a verdade é
que fica difícil colocar a mão no fogo, quer sejam deputados federais ou
senadores, deputados estaduais ou vereadores, governadores ou presidente, em
que se possam confiar sinceramente. Estão todos lá porque é preciso que os
cargos públicos sejam ocupados, mas desacreditados por seus eleitores, que não
encontram pessoas honestas e comprometidas com a paz e a justiça social para
colocarem em suas mãos os destinos da nação.