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Eu quero é botar meu bloco na rua!
“Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga”...
A sociedade está ferida e
partida com os constantes golpes que as elites e os meios de comunicação vêm
aplicando ao longo da nova e frágil democracia brasileira e por isto, não
podemos culpar este povo por se encontrar divididos e sem esperança com relação
a seu futuro. O Brasil, sangra pela insensatez das classes dominantes que
dividiram, segregou e confrontou nossa essência e hoje se encontra em uma
situação de sinuca de bico, isto é: situação complexa,
problemática, e de solução difícil. O grande problema pra as elites dirigente
está na falta de capacidade de encontrar um candidato competitivo para
desbancar a esquerda e o PT na disputa
presidencial de 2022.
Diante disso, voltamos a
presenciar os naturais deslocamentos político-partidários reprisando um cenário
que já se mostrou catastrófico para o país: vale tudo para tirar o PT, porem
este cenário de criminalizar um partido e prender o seu líder está saindo de cartaz
e a falta de capacidade de deslocar sua cumplicidade com a ascensão de
Bolsonaro e tudo que ele representa, tem causado uma ruptura em parte da
direita que preferem ficar aliado ao poder.
É dever de um partido como o PT apresentar nomes para
participar do pleito eleitoral. Estamos falando do maior partido de esquerda da
América Latina e que participou como cabeça de chapa em todas as eleições
presidenciais no período que compreendemos como redemocratização. Não estamos impedindo
que outros partidos façam o mesmo. Mas, além de nomes, o PT precisa colocar-se
à frente de um projeto democrata, que trabalhe pelo desenvolvimento econômico e
social do Brasil. A agenda do PT precisa ser clara e coerente: somos um partido
reformista, que não nega a eficiência na gestão, que defende as liberdades
individuais, acredita na importância de pautas progressistas e trabalha pelo
bem-estar do cidadão, por meio da prestação de serviços públicos de qualidade
nas áreas essenciais, mas também, com distribuição de renda e com justiça
social.
A elaboração de um projeto qualificado e coerente para o
Brasil precisa está aliado a um nome que possa repactuar os setores da
sociedade, assim, o mensageiro neste caso é mais inportante que a mensagem é
necessário entender isto para a construção de uma candidatura presidencial. É
isso que quero defender junto a meu partido, o PT, antes que se avance para a
escolha do nome que melhor poderá representar essas idéias. Acima de tudo, as
prioridades precisam ser a apresentação e o desenvolvimento de um projeto, que
possa superar o de 2002, e aprofundar as reformas no Estado brasileiro, que não
fomos capazes de implementá-la.