domingo, 14 de fevereiro de 2021

ARTIGO - Precisamos repactuar os setores da sociedade com um projeto de nação. (Padre Carlos)

 



Precisamos repactuar  os setores da sociedade com um projeto de nação.

 


Os desafios que enfrentamos exigem um programa de governo à esquerda, mas o posicionamento ideológico não é condição suficiente para se vencer uma eleição. A correlação de forças dentro e fora do Congresso e o diálogo com  setores produtivos precisam ser levado em conta para que possamos não só vencer, mas ter capacidade de governar.  Precisamos também de uma relação de compromisso político que proporcione ao Governo as condições para não só ser estável, mas também forte e ágil nas respostas que precisamos dá a nação.


O país atravessa neste momento a maior crise econômica desde 1929. Apesar das reservas econômicas deixadas pelos governos de Lula e Dilma, não será o suficiente para barrar a Armageddon na economia do nosso país que os analistas vêm anunciado.  O desgoverno de Temer e Bolsonaro a pandemia, bem como o confinamento, colocaram em evidencia a necessidade de um Estado Forte e a importância do SUS para que pudéssemos atravessar este momento de perdas e dores. Ninguém estava preparado para medidas tão drásticas. Parar de forma súbita a economia foi e está sendo em alguns casos um mal necessário, mas o Estado deve continuar protegendo quem está mais exposto enquanto investe na recuperação da economia e no combate ao vírus.

 Esse é um compromisso que não é só entre o PT e seus eleitores, mas com o país. Não é, também, um compromisso novo, inusitado, que desfigura ou castre a nossa vitória. O Partido precisa se reconectar com o setor produtivo e com o eleitor de centro como fizemos em 2002, quando trouxemos o empresário mineiro José Alencar para nossa chapa. Quem sabe não é hora de trazermos uma empresária progressista que tenha relação com o mercado interno e com setores do centro democrático, para que possamos incluir este importante setor da sociedade no projeto e construir uma chapa competitiva. O certo, é que  precisamos neste momento histórico, mais que uma carta de intenções, precisamos repactuar todos os setores da sociedade com o projeto de nação.


Os resultados das eleições municipais do ano passado impuseram uma realidade diferente da que gostaríamos de está enfrentando. Se o PT não saiu derrotado eleitoralmente, pelo menos passou a entender que a correlações de força hoje, exige do partido hegemônico, disposição para o diálogo, seja com o centro, seja dentro do bloco de esquerda.  
 Temos que entender que não haverá governo sem parceiros no centro e na esquerda. Porque nenhum tema onde haja injustiça pode ser tabu dentro do Congresso, temos que encarar os grandes problemas das desigualdades que tanto tem levado os pobres deste país a uma situação de vulnerabilidade. Por isto, o PT não pode dispensar apoios nem abrir mão da cabeça de chapa.

 Se alguns dentro ou fora do PT se acham no direito de construir seu próprio projeto, precisam antes de qual quer coisa, construir soluções e não fazer apenas a critica da falta delas como forma de protesto ou de descontentamento. Não podemos construir pontes se os pilares deste projetos não estiverem bem alicerçados.

  

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