O impeachment de
Herzem
Quando tomei conhecimento pela imprensa local que o
vereador David Salomão (PRTB) formulou uma ação de impeachment para afastar o
Prefeito Pereira, sabia que apesar de ter elementos suficientes para apresentar
tal pedido a direção daquela casa, seu objetivo era outro. Com um comportamento
polêmico e buscando criar um fato político para alavancar sua candidatura, este
parlamentar esqueceu que política não se faz com bravata. Desta forma, o
vereador acusa em um destes pedidos, Herzem Gusmão de causar prejuízos
milionários aos cofres municipais com a contratação de empresas para operar
emergencialmente o sistema de transporte coletivo urbano do município, sem a realização
de licitação.
No
meio dessa confusão, gostaria de lembrar ao vereador, que o Professor Cori foi o
parlamentar que mais denunciou esta questão do transporte público na nossa
cidade e se fosse assim tão fácil afastar um prefeito legitimamente eleito, a
oposição já teria feito. O senhor como operador do direito, deveria saber que o
impeachment é um julgamento mais político do que técnico (ou jurídico). O crime de responsabilidade é submetido à
interpretação política de uma maioria parlamentar qualificada, que dependendo
da conjuntura, independente de provas e crimes, se transforma em um julgamento
político e assim, não é de forma alguma considerado um mecanismo de
aprimoramento democrático mas, esqueci que democracia não é o seu forte.
A história é a maior
professora que a classe política pode ter e nos últimos anos, este aparato
jurídico vem se revelando cada vez mais como uma ferramenta da burguesia para
que esta se livre de governos que se tornaram disfuncionais aos seus
interesses.
Assim, sabendo que o impeachment é um
julgamento político, mas que precisa de uma base técnica, jurídica para
ser legítimo, não restou outra alternativa à Câmara de Vereadores desta cidade,
a não ser rejeitar estes pedidos.
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