domingo, 28 de novembro de 2021

ARTIGO - Confissões de um militante (Padre Carlos)

 Confissões de um militante 




 
 
 
    Quem me conhece, sabe que me Considero um espírito progressista e de caráter ‘reformista’, pois nunca fui conformista nesta vida e reagi, sempre, ao conformismo, ao situacionismo, nunca me calei, mesmo correndo o risco de ser preso, só porque é cômodo e às vezes até remunerador, enfrentei o que havia de pior nos anos de chumbo, tentando ver, compreender e Agir para além do ‘sempre foi assim’, porquê mudar? 
 
    Sou, desde sempre, adepto de ‘ler é o melhor remédio. Gosto de ler, analisar, refletir e, apesar de algumas limitações, escrever. Gosto de escrever o que é uma tremenda e perigosa responsabilidade, porque o escrito fica registrado, compromete, pode ser, por outros, analisado, comentado, criticado, vilipendiado e mesmo ofendido mas é muito salutar, um bom ‘caminho de vida’ e constitui um precioso ato de cidadania. Escrevo, só, sobre o que sei, leio ou conheço, com base em fatos e provas irrefutáveis. 
 
    Conheci os clássicos e os contemporâneos na filosofia, mas prefiro os escritores contemporâneos, pois com este conhecimento, podemos entender e traçar nosso futuro. Olhei sempre em frente, tentando descortinar e perceber a conjuntura e nunca me preocupei em deixar para trás a ‘carroça’, sempre cheia, daqueles que fazem a base da pirâmide carregar o piano. Eles são projetados através dos coletivos nas campanhas majoritária, mas criam uma estrutura de poder para o seu grupo anulando e achando feio tudo o que não é espelho. 
 
    Gosto de ler os que ensinam e praticam e não os teóricos, mercadores e comerciantes de livros. Leio os filósofos e sociólogos contemporâneos (A Filosofia Contemporânea é aquela desenvolvida a partir do final do século XVIII, que tem como marco a Revolução Francesa, em 1789. Engloba, portanto, os séculos XVIII, XIX e XX.) mas também os políticos do futuro como o Winston Churchill, Ângela Dorothea Merkel, Mário Soares e, felizmente, muitos outros. 
 
    Tive a felicidade de, ao logo da minha já cumprida e comprida existência, ter lidado, quase sempre, com homens e mulheres de sonhos utópicos, ensinando e aprendendo. Eles mantiveram-me vivo, ativo e ‘sonhadores’ como eles. É, essencialmente, para eles que escrevo as minhas convicções, (Artigos) resultantes das reflexões e análises que faço e o que da vida vou extraindo. 
 
     Considero-me um espírito progressista de caráter ‘reformista’, pois nunca fui conformista. Considero assim, pois não queria chega aos sessenta anos e, olhando para trás… não encontrar nada que der significado a minha vida. Tenho certeza que participei e contribuir para a transformação da sociedade. É triste não ter autoridade moral para, depois de todos estes anos, constatar que se tornou um político profissional e carreirista. 
 
    Nunca me preocupei com os ‘inimigos’, porque sem eles, um homem é como um jardim sem flores. Me preocupo mais com os falsos amigos, mas agradeço muito a eles, pois foram com suas facadas nas minhas costas fizeram de mim uma pessoa mais forte. 
 
    Estimo, considero, leio e discuto com ‘adversários’ do pensamento e da ação, pois entendo ser, na diferença e no diálogo, que se encontram o rumo certo e as boas ideias. 
 
    Bem tudo isto vem a propósito ou sem propósito, como disse Gonzaguinha:" não dá mais para segurar, explode coração." 
 

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