A mãe de todas as eleições
Nesta eleição duas coisas tem chamado minha atenção não só para os cargos majoritários, mas também para os proporcionais, se por um lado a política é a arte do possível onde se trabalha com a realidade efetiva das coisas, por outro, a demagogia é a arte da ilusão que promete o que não sabe como realizar.
Quanto mais unidos formos mais fortes seremos para enfrentar esta crise provocada pela pandemia e por desmandos administrativos. Uma coisa eu tenho certeza, ou crescemos economicamente de forma sustentada, criando justiça social, combatendo a exclusão, a pobreza e a desigualdade, ao mesmo tempo, que moralizamos a vida pública e combatemos a corrupção, ou falharemos com as futuras gerações e só contribuiremos com nossa inércia, para agravar as tensões sociais e os radicalismos políticos.
Esta exata consciência que o eleitor tem em seu candidato é fundamental para legitimar as mudanças necessárias, mas toda liderança tem que responder a um conselho ou parlamento, o que quero dizer que a confiança no candidato é tudo menos cheque em branco, por isto é necessário que se faça um pacto para que as partes saibam os ônus e bônus que este contrato social pode lhe proporcionar.
Sabemos que o país está enlutado com as quase setecentas mil mortes e não vamos esquecer-nos deles, porem, a maior homenagem que podemos prestar aos mortos é cuidar dos vivos e, com eles, recriar um novo Brasil.
Que o voto dos brasileiros nesta eleição faça a classe política à pergunta crucial acerca do que não queremos e do que queremos para o Brasil nos próximos quatro anos. Os brasileiros, quando digitarem seu voto, estarão dizendo aos candidatos que querem mais e melhor, seja em entendimento, em convergência, em estabilidade, em construção de pontes entre os seguimentos da sociedade, em exigência, em justiça social e de modo mais urgente, em gestão da pandemia.
Quem receber este mandato tem de continuar a ser o presidente de todos e de cada um dos brasileiros. Um presidente próximo, um presidente que estabilize a economia e a política, um presidente que una que não seja de uns, os bons, contra os outros, os maus. Que não seja um presidente de “facção”, mas que governe para todos.
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