quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

ARTIGO - Procura-se um Presidente (Padre Carlos)

 Procura-se um Presidente



O próximo presidente terá grandes desafios em seu governo: no bicentenário de nossa independência, o país vive um processo de desagregação social, descrédito político, déficits fiscais, endividamento geral, além da crise sanitária que se arrasta há dois anos e não tem prazo para terminar. Ao mesmo tempo, passa por uma paralisia econômica, com baixa produtividade, poupança reduzida, falta de competitividade e inovação.

Este é o momento de reunir todos: esquerda, democratas e liberais com o objetivo de criar um grande pacto para que possamos juntar forças e com coragem e esperança olhar para o futuro com um só proposito: reconstruir a nação pós Bolsonaro. Nada será como antes! Das chamas da Amazônia a nossas riquezas que foram vendidas, ficaram as cinzas, rasto de memórias de um projeto de Nação. Estas perdas que tem levado o país a uma das piores recessões da sua história, não aconteceram em decorrência de uma crise, foram provocada pela ação política e judiciária levando assim a uma série de crimes de Lesa Pária jamais visto na história do Brasil.

Por isto, precisamos mais do que nunca, de Um presidente voltado para os pobres e excluídos. Que defenda bandeiras dos trabalhadores sem defender os corporativismos de determinados setores. Que entenda que defender direitos dos servidores estatais, não significa abrir mão da luta pela qualidade dos serviços públicos; não podemos esquecer que estatal tem que ser verdadeiramente sinônimo de público e de qualidade, se não for assim, é melhor que fique com a iniciativa privada.

Um presidente que busque coesão social e rumo histórico. Que busque plantar a semente de um mundo melhor para as futuras gerações, que crie consumidores e cidadãos.

Que não seja um presidente acomodado de ideias simplistas, mas que reinvente a roda para fazer a economia voltar a crescer e ser justo com quem gera a riqueza deste país. Este presidente que colocaremos todas as nossas esperanças não podem ser trocados por slogans nem os intelectuais do seu governo podem ser trocados por marqueteiros.

Perdemos em três anos o que levamos com várias gerações para construir. Sim, uma vida inteira de trabalho, dedicação e empenho, ficando desta forma, o silêncio na impotência de exprimir o que realmente sentimos.  Se formos procurar o fundo do poço, vamos ter de olhar para cima. 

Este precisa ser o designo que o novo presidente terá pela frente nos próximos anos: a nacionalização dos nossos recursos e das nossas empresas e a reconstrução, urgente, de tudo que se perdeu.

            É preciso virar a página da triste era Bolsonaro e entrar no tempo de reconstruir e de construir. O caminho terá que ser fruto de um pacto e a estratégia definida por uma frente nacionalista. Este é o tempo de avançar nestas certezas.

 

 


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