terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Precisamos Virar a Página da Triste Era Bolsonaro ( Padre Carlos )

 


Precisamos Virar a Página da Triste Era Bolsonaro



 

Uma das tristes pagina da nossa história tem sido esta pandemia e as políticas que foram adotadas no sentido de combatê-las.  Neste momento, uma das mais condicionantes no dia-a-dia dos brasileiros, por isto não se pode negar que ela é o fenómeno que mais impactou no nosso bem-estar e na nossa qualidade de vida. Mas existem muitos outros problemas que o fim da pandemia não fará terminar. São crónicos, estruturais, profundos. E virar a página também implica resolvê-los. 2022 têm de ser o ano de virar a página! Para bom entendedor, meia palavra basta.

O nosso sistema democrático tem vários desafios pela frente para evitar uma crise a curto ou médio prazo (que será efetiva se tudo continuar como está). A ascensão dos movimentos populistas, a corrupção, a falta de transparência, a ineficiência do Estado, a crise de representação e a consequente fraca participação cívica e eleitoral são alguns desses problemas.

 Um governo de centro tendo com base a unidade popular dependerá inteiramente da vontade dos brasileiros e do voto útil, aquele que irá virar a página da triste era Bolsonaro. Um voto de protesto nos partidos de esquerda e de centro terá consequências úteis, porque levará a uma estabilidade política e será fundamental para governabilidade e ajudará aprovar as reformas necessárias.

Temos que ter em mente que uma frente com a direita, e certos partidos de aluguel, é um preço demasiado elevado a pagar. Até porque o futuro governo, ao contrário do que acontece hoje, precisa formar as alianças através de um programa de governo. Desta forma, os brasileiros não devem esperar malabarismos de retórica. O que é dito hoje, amanhã também será válido.

Um estado democrático saudável precisa ter os seus pilares bem cuidados. A Saúde, a Educação, a Justiça e o combate à pobreza têm de ser o objetivo central, para garantir o livre e universal acesso dos cidadãos e a justa promoção do bem-estar social. Hoje, estes pilares estão esquecidos e precisam de reformas efetivas que os tornem mais eficientes, de forma estrutural.

Não podemos continuar com estas políticas de remendo, limitadas na ação, no tempo e no espaço. É preciso escolher quem nos garanta um projeto coerente e estável, capaz de perdurar para além das conjunturas e arranjos políticos.

Por isso, esta aliança precisa ser composta por uma estratégia de longo prazo que tenha identidade nestas áreas. Pela sua visão de futuro e não por uma ação conjuntural.

Para sermos melhores temos de mudar. E para mudarmos temos de observar os erros, assumi-los e ser mais exigentes. Conosco e com quem está governando com a gente.

Falta-nos, muitas vezes, a audácia de ambicionar e a coragem de exigir.

Mas, sem coragem, nunca viraremos a página.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Nenhum comentário:

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...