sábado, 29 de janeiro de 2022

ARTIGO - Não se passa verniz na intolerância religiosa (Padre Carlos)

 


              Não se passa verniz na intolerância religiosa

 


 Um dos fatos que chamaram a atenção e revoltaram a comunidade conquistense, foi à agressão de intolerância religiosa sofrida pelo Pai Loro, do terreiro Ìlé Alaketú Asé Omi T’Ògun. A intolerância contra Terreiros de Candomblé no Brasil por parte de alguns seguimentos religiosos, tem se tornado um dos piores inimigos para o nosso convívio humano.

Mas porque as religiões de matriz africana, como candomblé, umbanda, quimbanda, entre outras, acabam sendo os principais alvos dos intolerantes? Quando o Brasil se tornou colônia de Portugal, padres Jesuítas vieram ao nosso país para catequizar os índios. As crenças deles eram consideradas como malignas pelos portugueses. Algum tempo depois, com o início do tráfico negreiro, a mesma prática foi realizada com os negros.

Apesar da incidência destes casos de intolerância religiosa ter sido praticado por alguns membros de igrejas evangélicas, não podemos generalizar nem achar que este seja o entendimento da maioria destas denominações religiosa. São acontecimentos como este que tem revoltado os Membros do Diretório do Conselho de Ministros Evangélicos de Vitória da Conquista, que diante de um caso grave como este emitiram uma nota repudiando esta agressão e todo tipo de intolerância.

A intolerância religiosa tem sido um dos grandes problemas que a humanidade vem enfrentando ao longo da história e a melhor forma de vencer este mal é através da informação. Quanto mais às pessoas conhecerem outras religiões e entenderem que nenhuma visa desejar o mal do outro, mais o respeito será fortalecido.

O Papa Francisco disse que "todas as religiões que respeitam a vida e a pessoa humana têm dignidade", a liberdade religiosa e os limites da liberdade de expressão precisam ser entendidos como coisas diferentes. Não se pode provocar nem insultar a fé das outras pessoas.

Assim, esperamos que as autoridades competentes tomem as devidas providencias para que fatos como o que aconteceu recentemente com Mãe Rosa de Oxum, na Vila América e este não venham se repetir em nossa cidade.

 

 

 


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