Não se passa verniz na
intolerância religiosa
Um
dos fatos que chamaram a atenção e revoltaram a comunidade conquistense, foi à
agressão de intolerância religiosa sofrida pelo Pai Loro, do terreiro Ìlé
Alaketú Asé Omi T’Ògun. A intolerância contra Terreiros de Candomblé no
Brasil por parte de alguns seguimentos religiosos, tem se tornado um dos piores
inimigos para o nosso convívio humano.
Mas porque as religiões de matriz africana,
como candomblé, umbanda, quimbanda, entre outras, acabam sendo os principais
alvos dos intolerantes? Quando o Brasil se tornou colônia de Portugal, padres
Jesuítas vieram ao nosso país para catequizar os índios. As crenças deles eram
consideradas como malignas pelos portugueses. Algum tempo depois, com o início
do tráfico negreiro, a mesma prática foi realizada com os negros.
Apesar da incidência destes casos de
intolerância religiosa ter sido praticado por alguns membros de igrejas
evangélicas, não podemos generalizar nem achar que este seja o entendimento da
maioria destas denominações religiosa. São acontecimentos como este que tem
revoltado os Membros do Diretório do Conselho de Ministros Evangélicos de
Vitória da Conquista, que diante de um caso grave como este emitiram uma nota
repudiando esta agressão e todo tipo de intolerância.
A intolerância religiosa tem sido um dos
grandes problemas que a humanidade vem enfrentando ao longo da história e a
melhor forma de vencer este mal é através da informação. Quanto mais às pessoas
conhecerem outras religiões e entenderem que nenhuma visa desejar o mal do
outro, mais o respeito será fortalecido.
O Papa Francisco disse que "todas as
religiões que respeitam a vida e a pessoa humana têm dignidade", a
liberdade religiosa e os limites da liberdade de expressão precisam ser
entendidos como coisas diferentes. Não se pode provocar nem insultar a fé das
outras pessoas.
Assim, esperamos que as autoridades
competentes tomem as devidas providencias para que fatos como o que aconteceu
recentemente com Mãe Rosa de
Oxum, na Vila América e este não venham se
repetir em nossa cidade.
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