sábado, 10 de dezembro de 2022

ARTIGO - Margareth Menezes aceita o convite para o Ministério da Cultura de Lula. (Padre Carlos)

 

Margareth não ter uma formação sólido de gestora.




 

A cantora Margareth Menezes aceitou o convite do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o futuro Ministério da Cultura. A artista, no entanto, tem enfrentado resistências no setor cultural e em algumas alas do PT, que preferiam um nome mais técnico.

Emocionada, a artista aceitou o convite, que partiu de uma sugestão da socióloga Rosângela Silva, mulher de Lula. O seu nome não foi à primeira opção do petista. Antes, a atriz Marieta Severo e o rapper Emicida foram sondados, mas não aceitaram a proposta.

Menezes já integra a equipa de transição da Cultura, para a qual foi convidada depois de criticar a ausência de negros entre os responsáveis por avaliar o setor na gestão do Presidente Jair Bolsonaro. Após a vitória nas eleições, Lula manifestou o desejo de levar outra vez um símbolo ao Ministério da Cultura, para repetir o efeito da nomeação do compositor Gilberto Gil no seu primeiro mandato.

A ideia, de preferência, seria uma mulher ou um afrodescendente. Janja, também apostava no impacto de um grande artista e, com o fracasso dos primeiros convites, defendeu o nome de Margareth Menezes, cantora negra, ícone do Carnaval baiano.

Logo que aceitou o convite, Menezes viu o seu nome ser recebido com algumas dúvidas, nomeadamente por não ter um passado sólido de gestora, salvo através da criação da Associação Fábrica Cultural, em Salvador.

Os críticos, porém, manifestam admiração pela sua trajetória na música.  Ao contrário de Gil, que presidiu a Fundação Gregório de Mattos — equivalente da secretaria municipal da Cultura —, em Salvador, antes de assumir o Ministério da Cultura, ela não tem experiência em gestão pública. Mais próximo de Janja, o secretário nacional de Cultura do PT, Márcio Tavares, manifestou simpatia pela indicação da cantora. O ex-ministro da Cultura Juca Ferreira e a deputada federal Jandira Feghali eram nomes da área política defendidos por militantes e gestores.


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