sexta-feira, 6 de março de 2020

ARTIGO - Quem vai deixar uma "Herança maldita" (Padre Carlos)



Quem vai deixar uma  "Herança maldita" 








Assim que assumiu a Prefeitura, o governo Pereira tentou construir uma narrativa da “herança maldita”, forma como passou a tratar o governo que lhe antecedera, buscando criar uma falsa dicotomia, que seria o motivo de todas as dificuldades que o seu governo estaria enfrentando. 

Foi com esse discurso urdido de forma reiterada que possibilitou que ninguém percebesse o fato cristalino, o engodo magistral, a total ausência de qualquer projeto de governo da administração Pereira. 
Por “herança maldita”, o atual governo poderia estar falando do conjunto de realizações, começando na área da saúde. Aqui em Conquista, esta “herança maldita” se tornou um exemplo para todo o País, como foi a política para crianças e adolescentes, quando tirou mais de quatrocentas crianças da rua e do lixão aberto e criou o Projeto Criança Esperança, oferecendo três refeições mas, merenda na parte da manhã e tarde. Quando criou o Projeto da terceira idade para idosos. Constantemente Herzem diz que recebeu uma herança maldita quando se refere ao transporte coletivo. A atual administração recebeu o sistema de transporte na nossa cidade, operado por duas empresas que atuavam normalmente e de forma eficiente, sem problemas administrativos. Diante do caos que se tornou o sistema de transporte em nosso município, Pereira quer responsabilizar o ex-prefeito Guilherme Menezes pelos problemas que surgiram depois de 2017. 
Para entender o que realmente é uma herança maldita, vou tentar explicar ao atual prefeito: Ao assumir, em 1997, a Prefeitura de Vitória da Conquista, Guilherme encontrou uma cidade com total ausência de políticas públicas que pudessem transformar a dura realidade de sua gente. Recebeu a Prefeitura com dívidas acima de R$ 83 milhões para uma arrecadação anual inferior a R$ 30 milhões. Vitória da Conquista era então uma cidade sem crédito, quase que falida, com funcionários públicos passando todos os níveis de necessidades, sem autoestima e sem respeito. Em pouco tempo, com uma equipe de governo austera e comprometida, Guilherme sanou as dívidas da cidade, ajustou as contas com os credores e passou a pagar ao funcionalismo em dia. Desta forma restabeleceu a dignidade do Município e também de sua gente. Desde então vários avanços aconteceram a partir da iniciativa de Guilherme Menezes e do Professor José Raimundo. Serviços públicos importantes receberam a devida atenção no seu governo. Quando chegou a prefeitura em 1997, Vitória da Conquista só tinha três ginásios na área rural, no final daquele ano o município já contava com sete escolas do fundamental II, os alunos destas localidades eram condenados por aqueles que sempre governaram nossa cidade a abandonar os estudos, outros  avanços foram também importantes, como os realizados  nas áreas de finanças, saúde, moradia, cultura, meio ambiente e recursos hídricos, atenção à criança e ao idoso.   Isto é receber uma herança maldita?  

Passados quase quatro anos de governo, ainda menciona essa “herança maldita”, para não evidenciar a inoperância e incapacidade de gestão do atual governo, no enfrentamento de nossas mais sérias questões, seja de infraestrutura e em área que foram sucateadas como:  finanças, saúde, moradia, cultura, meio ambiente, atenção à criança e ao idoso.  Chegamos ao cumulo neste governo, deixar faltar até gás de cozinha nas escolas municipais bem como, pães nas creches. Muitas escolas da área rural foram fechadas e suas estradas estão abandonadas e a periferia só está  recebendo a presença dos poderes públicos porque é época de eleição. 

Se perder o mandato no final deste mês, podemos perguntar: que herança deixará o atual governo ao Professor José Raimundo?  O horizonte que se delineia para o nosso município, 2021 é dos mais inquietantes. Talvez agora saibamos o que o Prefeito e seus líderes na Câmara queriam dizer com o termo herança maldita. 

Padre Carlos 
  



Nenhum comentário:

ARTIGO - A geração que fez a diferença! (Padre Carlos)

A geração que fez a diferença!      Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...