A cada dia nos surpreendemos como o novo coronavírus vem dizimando vidas. Esta pandemia já provocou a morte de mais de 15 mil pessoas no mundo inteiro e já foram registados quase 360 mil casos de infeção. Diante de toda esta tragédia, gostaria de chamar a atenção do leitor e alertar a classe política que este surto epidémico tem de ser combatido com determinação, mas não pode ser usado e instrumentalizado para, aproveitando legítimas inquietações, servir de pretexto para o agravamento da exploração e para o ataque aos direitos dos trabalhadores.
No início desta tarde, tomamos conhecimento da suspensão dos contratos de trabalho por quatro meses, enquanto este mesmo governo, estende sua bondade aos banqueiros com sessenta e oito bilhões. Nestes últimos tempos a classe empresarial e esta direita que chegou ao poder vem dando sinais de até onde setores patronais estão dispostos a humilhar e rasgar os direitos dos trabalhadores. Indicando um caminho que a não ser que consigamos parar a tempo, lançará as relações trabalhistas numa verdadeira ‘lei da selva.
Atendendo pedidos de governadores de 7 estados do Nordeste, o ministro Marco Aurélio, do STF, suspendeu os cortes no Bolsa Família. Depois do despacho do Juiz, este governo postou nas redes que a iniciativa tinha partido do Planalto. Segundo dados apresentados, apenas 3% dos benefícios foram destinados para o Nordeste, sendo 75% para as regiões Sul e Sudeste onde recebeu uma boa votacao.
Precisamos ainda, exigir, uma resposta imediata para assegurar o pagamento integral dos salários aos trabalhadores de empresas cuja atividade está suspensa criando mecanismos específicos, incluindo um Fundo com esse objetivo, com meios financeiros a disponibilizar pelo Orçamento do Estado.
Não podemos deixar que transformem a quarentena da nossa gente como os nazistas fizeram em Varsóvia, com o povo Judeu. Tudo o que eles querem é transformar nossas cidades em um grande gueto de doentes e famintos.
Padre Carlos
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