"Saudade’ é palavra que só o português tem"
Muita
gente acredita que demonstrar sentimentos é
uma forma de revelar sinais de fraqueza e por isto terminam sufocando estas
emoções e não deixando que o outro possa conhecer verdadeiramente o nosso ser.
Desta forma, reconhecer que sente saudade de alguém que partiu, ou um ex-amor
que nos faz suscitar emoções
como paixão, raiva ou esperança são forçadas a permanecerem reprimidas dentro
da gente. Isso acontece desde a infância, na tentativa de engolir o choro e
ignorar a frustração. Essa postura surge, principalmente, diante do medo da
vulnerabilidade e de parecer “fraco”.
Quando
perdemos o medo e deixamos os sentidos: olfato, tato, audição, a visão e o
paladar se relacionem com a nossa memória emocional, estamos deixando estes
sentidos se conectarem com a nossa essência.
Há duas
formas de perdas, um diz respeito à morte física e a outra há um tipo de morte
em vida e você é obrigado a se despedir desta pessoa, mas as memórias e sua
história de vida é a mesma. Você consegue está com ela em uma nova dimensão,
através da sensação. A nossa consciência, isto é, a nossa essência que também
podemos chamar de estado sutil de percepção, consegue perceber e conceder a
presença daquela pessoa que não está mais aqui fisicamente, mas percebemos sua
companhia.
Quando
sinto o perfume do jasmim, minha memória fica ativada e isto faz com que eu
retorne a minha infância e recorde de um momento da minha vida. Eu não preciso
vê o jasmim, mas ao sentir o seu cheiro, eu sinto todas as emoções, boas ou males
que vivi quando era menino.
A
sensação nos leva a esta viagem no tempo e faz com que a saudade toque este
espaço da nossa essência. Quem não percebe estas coisas, esta fechada para a
vida e para morte.
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