Lula defende que Ucrânia ceda a Crimeia à Rússia para encerrar conflito.
A proposta do presidente
brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para que a Ucrânia ceda a península da
Crimeia à Rússia, como forma de encerrar o conflito que já matou milhares de
pessoas, foi rechaçada pelo governo ucraniano. Segundo o porta-voz do Ministério
das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, a sugestão do presidente
brasileiro é “inaceitável” e “contrária ao direito internacional”. Nikolenko
afirmou que a única solução para a paz na Ucrânia é o “respeito à soberania da
Ucrânia e a restauração total de sua integridade territorial”.
A declaração de Lula, foi feita em uma entrevista ao canal russo RT, na
qual ele defendeu que a Ucrânia deveria “abrir mão” da Crimeia, anexada pela
Rússia em 2014, após um referendo considerado ilegal pela comunidade
internacional. Lula da Silva argumentou que a Crimeia tem uma “forte ligação
histórica e cultural” com a Rússia e que a Ucrânia deveria priorizar o
“bem-estar do seu povo”.
A proposta do presidente brasileiro apesar de ter gerado uma certa polêmica entre os países que
apoiam a Ucrânia, mostrou a liderança
que o governo brasileiro tem sobre os
BRINC e sua capacidade de negociação entre os países em desenvolvimento. Lula é
conhecido por suas habilidades de liderança e capacidade de negociação. Durante
sua presidência, o Brasil experimentou um crescimento econômico significativo e
se consolidou como uma potência regional. Lula da Silva também teve um papel
importante na promoção da paz e estabilidade na América Latina e na África. Sua
capacidade de negociar e construir alianças com outros países em
desenvolvimento foi elogiada por muitos.
Por outro lado, o atual presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem
enfrentado críticas por sua forma de lidar com o conflito com a Rússia. A
guerra no leste da Ucrânia, que começou em 2014 após a anexação da Crimeia pela
Rússia, já matou mais de 13.000 pessoas e muitas pessoas acreditam que Zelensky
não fez o suficiente para encerrar o conflito. Zelensky, um ex-comediante, foi
eleito para a presidência em 2019, aproveitando a onda de insatisfação pública
com o establishment político.
A rejeição da proposta de Lula da Silva mostra as dificuldades
diplomáticas para resolver a crise na Ucrânia, que envolve interesses
geopolíticos e históricos de vários países. A comunidade internacional continua
buscando formas de pressionar a Rússia a respeitar os acordos de paz assinados
em 2015, que preveem um cessar-fogo e uma solução política para o conflito.
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