Acusou
o Prefeito, Vereadores e o Ministério Público
Prezado leitor, confesso a
vocês que acreditava já ter visto de tudo nesta vida, aí, vem um acontecimento
novo, e nos faz mudar de opinião, para mostrar que a experiência é algo
infinito. Nesta quarta-feira, o decano da Câmara de Vereadores de Vitória da
Conquista, cobrou de um dos seus pares, para que divulgasse e não ficasse com
insinuações, quem na verdade seria os três vereadores corruptos que este tinha denunciado
em plenário. Uma acusação séria como está, coloca em dúvida a conduta dos
representantes daquela casa, pessoas como o decano, por se tratar de um parlamentar
de caráter e de uma conduta ilibada.
Em vez de iniciar a sua fala apontando quem na verdade daquele
parlamento seriam os vereadores corruptos, o parlamentar passou acusar o
prefeito da nossa cidade de ladrão. E para ilustrar a acusação sem prova alguma
citou alguns contratos entre a prefeitura com algumas empresas, deixado a
comunidade entender que estava nestes contratos sua afirmação dos delitos do
prefeito.
Até este momento acreditava que se
tratava de bravatas de um vereador e no exercício do seu mandato e estaria protegido. Assim, não pode ser
condenado na Justiça por falas proferidas no “ambiente” da Câmara local. Os vereadores estão protegidos pelo princípio
constitucional da imunidade parlamentar quando proferirem supostas ofensas em
plenário ou nas dependências da Casa legislativa. Mas será que estas imunidades
se entendem a qualquer fala proferida dentro do ambiente da Casa legislativa? Acredito
que não. O erro do vereador foi colocar o Ministério Público entre suas
acusações até o momento infundadas. Ao agredir as instituições, o vereador
coloca em risco todo o sistema democrático e abala
de forma moral, todo o sistema de justiça com sua acusação.
Esta situação que se encontra os
vereadores de Vitória da Conquista me lembrou de uma analogia, boca de sinuca:
momento do jogo onde a pessoa se encontra sem uma saída. Aliás, há duas saídas:
a primeira convocando o conselho de ética desta casa para que o vereador possa
se explicar quem são os vereadores corruptos e assim tomar suas providencias, a
segunda é se omitir e deixar a comunidade pensar que entre homens e mulheres
honrados desta casa possa existir alguns corruptos.
O Prof. Cori chamou atenção recentemente
para os perigos que a omissão ou corporativismo pode causar a toda classe
política, agora o decano, Álvaro Pithon com sua sabedoria e seus cabelos
brancos como testemunha e valores morais, busca acordar seus pares para mais
esta agressão.
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