A Frente Ampla da Rede Globo
Ao
assistir o debate promovido pela Rede Globo, que contou com a presença das
figuras ilustre que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff:
FHC, Ciro e Marina, tentei decifrar o verdadeiro proposito daquele evento. Como
nunca acreditei nas boas intenções dos Marinhos, pude entender que na verdade
não era defender uma frente ampla contra Bolsonaro, seu verdadeiro objetivo, era
reunir a direita que irá enfrentar o candidato da esquerda nas próximas eleições.
Naquele momento me veio à mente as palavras de Leonel Brizola: “Não reconheço à
Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a
sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de
20 anos, que dominou o nosso país. ”
Assim fiquei pensando estes dias: qual
a representatividade dessa “frente ampla” que junta o lobo e o cordeiro? Por
que ela não dá espaço para a esquerda? Se a proposta é ser contra Bolsonaro
porque os que o enfrentam de verdade não foram chamados? Tinha mesmo razão o
velho Brizola, é para se desconfiar!
O que esta emissora de televisão deseja, é
recriar a Frente Ampla de 1966, que
reuniu adversários históricos como Juscelino Kubistchek, João Goulart e Carlos
Lacerda. Essa frente ampla foi um negócio extraordinário na história do Brasil
porque ela consegue juntar não só a direita, ela reuniu o que havia de mais à
direita no país, que era o Carlos Lacerda, golpista, com o bloco da esquerda.
Isso jamais aceitaríamos.
O que esta emissora de televisão deseja, é
recriar a Frente Ampla de 1966, que
reuniu adversários históricos como Juscelino Kubistchek, João Goulart e Carlos
Lacerda. Essa frente ampla foi um negócio extraordinário na história do Brasil
porque ela consegue juntar não só a direita, ela reuniu o que havia de mais à
direita no país, que era o Carlos Lacerda, golpista, com o bloco da esquerda.
Isso jamais aceitaríamos.
Já que estamos falando de legitimidade, vamos para ponta do lápis: no 1º turno de 2018, Ciro, Marina e Alckmin
(do PSDB) tiveram, juntos, 18,23% dos votos válidos, enquanto só Haddad teve
29,28%. Então eu pergunto aos senhores: Qual a representatividade dessa “frente
ampla” que junta tudo o que combatemos nestes últimos anos?
A
deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que foi “a
nata do antipetismo entrevistada pela campeã do mercado”. E foi desse jeito
mesmo que Miriam Leitão, num debate com três “arautos” da democracia liberal,
buscou vender a ideia de promover uma “frente ampla” contra Bolsonaro e a favor
da democracia, que essa gente tanto despreza.
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