segunda-feira, 15 de junho de 2020

ARTIGO - A Frente Ampla da Rede Globo (Padre Carlos)




A Frente Ampla da Rede Globo

Ao assistir o debate promovido pela Rede Globo, que contou com a presença das figuras ilustre que defenderam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff: FHC, Ciro e Marina, tentei decifrar o verdadeiro proposito daquele evento. Como nunca acreditei nas boas intenções dos Marinhos, pude entender que na verdade não era defender uma frente ampla contra Bolsonaro, seu verdadeiro objetivo, era reunir a direita que irá enfrentar o candidato da esquerda nas próximas eleições. Naquele momento me veio à mente as palavras de Leonel Brizola: “Não reconheço à Globo autoridade em matéria de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e cordial convivência com os regimes autoritários e com a ditadura de 20 anos, que dominou o nosso país. ”
        
Assim fiquei pensando estes dias: qual a representatividade dessa “frente ampla” que junta o lobo e o cordeiro? Por que ela não dá espaço para a esquerda? Se a proposta é ser contra Bolsonaro porque os que o enfrentam de verdade não foram chamados? Tinha mesmo razão o velho Brizola, é para se desconfiar! 
    

    O que esta emissora de televisão deseja, é recriar a Frente Ampla de 1966, que reuniu adversários históricos como Juscelino Kubistchek, João Goulart e Carlos Lacerda. Essa frente ampla foi um negócio extraordinário na história do Brasil porque ela consegue juntar não só a direita, ela reuniu o que havia de mais à direita no país, que era o Carlos Lacerda, golpista, com o bloco da esquerda. Isso jamais aceitaríamos.

 

Já que estamos falando de legitimidade, vamos para ponta do lápis:  no 1º turno de 2018, Ciro, Marina e Alckmin (do PSDB) tiveram, juntos, 18,23% dos votos válidos, enquanto só Haddad teve 29,28%. Então eu pergunto aos senhores: Qual a representatividade dessa “frente ampla” que junta tudo o que combatemos nestes últimos anos? 


A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que foi “a nata do antipetismo entrevistada pela campeã do mercado”. E foi desse jeito mesmo que Miriam Leitão, num debate com três “arautos” da democracia liberal, buscou vender a ideia de promover uma “frente ampla” contra Bolsonaro e a favor da democracia, que essa gente tanto despreza.










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