Manifesto
“Estamos Juntos”.
Prezado leitor,
Fui procurado hoje por um amigo de fora das
fileiras da esquerda para assinar um manifesto que pede o Impeachment
do presidente. Confesso que fiquei desconfiado ao ver aquele “democrata de
direita” recolhendo aquelas assinaturas. Com todo respeito que tenho por ele,
falei: Não posso “assinar” um manifesto deste junto com Luciano
Huck, Fernando Henrique Cardoso, Lobão, Alice Setubal (do Banco Itaú) e toda
gente que se "solidarizou" com Aécio Neves, quando ele se recusou a
aceitar o resultado das urnas de 2014, que apoiou o golpe de 2016, que votou em
Bolsonaro em 2018 para tirar o PT.
O documento se
chama: Manifesto “Estamos Juntos”. Confesso aos
senhores que nessa hora gelei, como poderia estar junto com os responsáveis por
tudo que está aí. O Manifesto fala que esquerda, centro e direita
devem se unir pelo bem comum. Qual? O do povo ou o da elite? Não existe bem
comum, existem as classes sociais e seus interesses.
Como
posso acreditar nestas pessoas, será que estão mesmo “preocupadas com a democracia brasileira”? Porque
não se preocuparam em 2019 e silenciaram diante da escalada fascista.
Vocês
que cobram tanto do PT uma autocritica, não seria a hora de fazerem uma por
apoiar a chegado da extrema-direita ao poder?
Como pedir para quem foi preso, golpeado e
criminalizado pelas elites para: “Deixar de lado as diferenças e lutar pelo bem
comum” ... As reformas promovidas pela esquerda, que trazia desenvolvimento social esta sim era para promover o
bem comum. Diante disto, essa gente em vez de lutarem pelo bem comum, promoveu
um golpe de Estado, com direito a Lava Jato, e elegeu um fascista. Para tirar
esse fascista do poder, que quer mandar só, sem a elite, aí ela lança um
“manifesto em defesa da democracia”. Qual a democracia?
Não é “hora de deixar de lado velhas disputas”. Minhas
disputas são pela vida, democracia, igualdade e liberdade. Estas que vocês
nunca ajudaram vencer. Esta luta não envelhece não é disputa velha?
“Eu acredito que o mundo
será melhor, quando o menor que padece acreditar no menor…”
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