O
verdadeiro amor
Outro dia alguns amigos me questionaram como eu poderia
definir o amor na pós-modernidade. Como eu poderia definir este sentimento e o
que pra mim verdadeiramente representa? Confesso a vocês que alguns temas são
difíceis de tratar, principalmente os relacionados à nossa subjetividade.
Embora não definisse naquele momento, tenho o dever de
exteriorizar para vocês o que realmente é para mim o amor.
Amor é… quando
se vai ao shopping passear com a esposa, quando na verdade gostaria mesmo era
de ficar em casa lendo um livro ou de ir a uma festa, e dançar como se fosse a
melhor coisa do mundo. Não basta ir, tem de se ter prazer em ir e partilhar
aquele momento e gostar como se fosse nosso também.
Eu acredito que
as pessoas que não tem esta capacidade de amar, devem viver com um vazio
profundo na alma. Há muitas pessoas que
ainda não descobriram o que é amar, outras que ainda não foram amadas e ainda
as que nunca conhecerão as virtudes do amor. Já disse que amor também poderia ser uma
dor? Mais esta dor tem gosto de vida,
pois só quem passa pela dor da morte pode ressuscitar; só existirá amor, quando
descobrimos em si a generosidade dos afetos que nos permitem entregar-se ao
próximo.
Confesso que tenho
consciência que deveria escrever mais sobre os amores desta vida e até mesmo
sobre os desamores, com o encanto e orgulho de quem vivenciou tal prazer e
conhecimento. Só me resta rendei-me à indiferença com a cumplicidade de todos
nós, talvez porque simplesmente estejamos esquecidos dos sabores, dos aromas,
dos gestos e dos olhares que o amor nos traz.
Assim meus
amigos, defino o amor como o conjunto de gestos esses sentimentos que podemos
traduzir da seguinte forma: Cuidar é amar, entregarmo-nos é amar, proteger é
amar, beijar é amar, contemplar é amar, não desistir e acreditar é amar. Este é
o meu conceito de amor.
Padre Carlos.
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