As medidas de distanciamento social não são só essenciais para impedirmos os contágios e a mortalidade, mas também para permitir a necessária retomada da económica.
Ora, se não restam dúvidas que as medidas de confinamento são essenciais para a Saúde, também é evidente que o impacto económico da pandemia será enorme. Os números preliminares referentes ao desemprego são sintomáticos: podemos constatar que na Europa e nos USA, já atingiram níveis mais alto que tivemos notícias desde a Segunda Guerra Mundial. O mesmo está acontecendo em outros continentes e em muitos outros países a um ritmo ainda mais avassalador do que durante a crise financeira de 2008. Estima-se ainda que o impacto sobre a economia também será gigantesco e sem precedentes desde a Grande Depressão. Segundo os economistas, os setores mais afetados serão o comércio varejista, o turismo e a construção civil
Mesmo se assumirmos que a economia irá recuperar rapidamente após o fim das medidas de distanciamento social, os profissionais desta área estima que cada mês de isolamento levará a uma queda de 2% do PIB. Assim, não é de se estranhar que muitos estimem que a recessão da pandemia poderá levar a uma contração do PIB entre 5% e 10% em muitas economias.
Isto quer dizer que estamos sacrificando a economia em prol da nossa saúde? Não, pelo menos não necessariamente. Há estudos que mostram que durante a grande pandemia de 1918, que durou até 1920 e matou mais de 50 milhões de pessoas, as cidades e países que adotaram mais rapidamente medidas de isolamento e de distanciamento social não só registaram menores taxas de mortalidade, mas também as suas economias recuperaram mais depressa e mais fortes.
Por outras lado, não podemos negar, que as medidas de distanciamento social não são só essenciais para diminuirmos os contágios e a mortalidade, mas também para permitir a necessária retoma económica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário