Manaus é hoje uma realidade que não podemos ignorar. O triste cenário que terrivelmente ocupa a capital amazonense, com mortos e mais mortos empilhados sem perspectivas de sepultamentos com dignidade é fruto da ganancia e da falta de um planejamento e políticas públicas para que evitasse esta tragédia. A vida transformou-se de uma hora pra outra em algo banal, sem valor e sem cuidados, tamanho o colapso da rede hospitalar privada e do sistema público.
A expectativa é de crescimento dos óbitos pela Covid-19 que se associam a outros não identificados, mas todos arrolados como provindos da mesma origem. Com ou sem identificação, todos são encaminhados a uma vala comum, entulhados como lixo.
Esta realidade não é exclusiva do estado da Amazônia ela se encontra em todo o território nacional. Só nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 435 novas mortes e 7.218 novos casos confirmados de coronavírus, segundo boletim do Ministério da Saúde. É o maior número de novos casos em um dia -o recorde anterior era do dia anterior, 6.276. Agora, o país tem ao todo 5.901 óbitos e 85.380 casos.
Diante dos fatos apresentados, gataríamos de chamar a atenção das autoridades locais para a falta de fiscalizações nas agencias bancarias e nas casas lotéricas em decorrência do pagamento do auxilio emergencial. Acredito que a Caixa Econômica e as loterias deveriam assumir um compromisso social e só atender ao público dentro de parâmetros sanitários. Esta aglomeração pode causar um surto do vírus na nossa cidade e todo o esforço que estamos fazendo com a quarentena está sendo desconstruído diante das grandes aglomerações que estão sendo formado nestes lugares.
Segundo estudo de uma consultoria: “A situação crítica de Vitória da Conquista, que até o momento possui 31 casos positivos para a Covid-19, com três evolução para óbitos (pouco mais de 10% do total) preocupa os responsáveis pelo estudo justamente por conta da estrutura do sistema de saúde e dos indicadores econômicos.”
Os conquistenses ainda não entenderam o medo do contágio, ainda não passaram por situações de impotência das pessoas nas ações de socorro, por isto não tem respeitado as medidas protetivas determinadas pelas autoridades.
O pico da pandemia ainda não foi alcançado. As autoridades não sabem precisar. Por isto, acredito que não seja a hora de flexibilizar o decreto; pelo contrário é hora de fiscalizar se as medidas estão realmente sendo cumpridas. As pessoas estão perdidas. Não se está mais morrendo de Covid 19, mas também de solidão. Toda dor necessita ser mitigada. Só temos um caminho até então, a misericórdia divina. Através dela haveremos de vencer esta pandemia, antes que ela se transforme num pandemônio.
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