Mais uma coisa eu tenho certeza, eu ainda acredito que podemos fazer um governo de esquerda na Bahia.
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A esquerda brasileira, o Partido
Comunista do Brasil, e o povo brasileiro perdem hoje um dos seus mais conseqüentes
e abnegados lutadores. Por isto, peço licença aos camaradas do PCdoB, para
prestar esta homenagem ao velho líder comunista. Acredito que a maior homenagem
que poderíamos fazer a Haroldo Lima, é prosseguir
a luta que ele vinha travando contra o fascismo até os últimos dias de vida,
sempre com confiança no futuro, pelos interesses e direitos dos trabalhadores,
por uma sociedade de liberdade e democracia.
Morreu um grande líder,
um ilustre cidadão brasileiro, um intelectual e um político excepcionalmente
perspicaz. Foi um grande lutador pela liberdade e foi um dos principais
autores da frente de esquerda desde o seu início, ele acreditou que uma frente
democrática poderia vencer a direita e através de uma coalizão fazer as
transformações que o Brasil precisa tanto, quando algum do seu próprio campo
duvidava ou contrariava,
Haroldo construiu a
história e, por isso, a história guardará o seu nome, a sua obra, o seu exemplo.
Já posso elogiar?
Hoje estava me perguntando por que até em momentos como este em que a
cidade esta enlutada, não podemos reconhecer os valores dos nossos adversários?
Dentro de uma cultura de disputas constantes, reconhecer competências e
valores, nos torna menor diante daquele que exaltamos.
Hoje
estava me perguntando por que até mesmo com a cidade enlutada não somos
capazes, de reconhecer os valores dos nossos adversários? Dentro de uma cultura
de disputas constantes, reconhecer competências e valores, nos torna menor
diante daquele que exaltamos.
Pensando
todas estas coisas, foi que me veio às citações de Machado de Assis, «está
morto: podemos elogiá-lo à vontade». Tudo isto é a pura verdade, principalmente
para aquelas pessoas, que em vida, suscitou paixões diversas e antagônicas.
Não podemos negar que somos o que somos por diversos fatores externos e internos que nos forjam o caráter e nos definem como pessoa. Como disse o filósofo, somos a soma de todos os sins e nãos que damos em nossas vidas. Por isso, qualquer pessoa esta sujeito a gestos de extrema covardia e ao mesmo tempo pode nos surpreender também com atos heróicos que jamais poderíamos esperar.
Desta
forma, perante esta atmosfera de luto, o consenso e os elogios que estamos
habituados a testemunhar, nos questionam sobre os nossos propósitos e
sinceridade em relação ao outro.
O
que na verdade gostaria de dizer hoje é que neste contexto de lutas e disputas,
temos cada vez mais a certeza, que Humanizar é compreender que
cada ser é único e sua história de vida merece ser celebrada.
A
partida de Herzem deixa um vazio não só no meio político, mas em todas as
pessoas que admiravam e amavam. É muito importante ressaltar
que este é um momento muito delicado, tanto para as pessoas enlutadas, quanto
para as pessoas que estão à margem destes acontecimentos, pois as pessoas que
estão de luto ficam muito sensível, confusa, desesperada, e tudo o que as
pessoas falarem ou fizerem, ficará para sempre registrado em sua memória, e,
mais do que isso, em seus sentimentos.
.
Padre Carlos
Haroldo
guerreiro, do povo brasileiro
Hoje
o meu dia amanheceu mais triste, pois fiquei sabendo do estado de saúde do
ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB), internado com Covid-19 na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Aliança. Segundo Jandira Feghali, seu
quadro sofreu agravamento nesta sexta-feira (19). A equipe médica decidiu
intubá-lo para que ele respire com a ajuda de ventilação mecânica.
Quando comecei militar no movimento estudantil em meados da década de setenta, Haroldo se encontrava preso e mesmo militando no partido era difícil o contato com companheiros da direção nacional, por questões de segurança. Só tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente em 1982, quando ele fez uma visita a Dom. Timóteo. Como trabalhava no Mosteiro de São Bento e tinha como padrinho aquele monge, uma tarde me chamaram na recepção, era o Abade (Dom. Timóteo) ele me apresentou a Haroldo Lima e falou um pouco de mim. Confesso aos senhores que fiquei sem saber que dizer. Ele me cumprimentou, falou da sua caminhada na JUC e na AP, falamos do racha do partido e do movimento estudantil. Ele me falou que estava preocupado com Javier e a possibilidade de o líder estudantil ser expulso. Falamos da sua campanha para Deputado e eu chamara a atenção do sucesso que candidatura de Lídice a vereadora estava fazendo no movimento estudantil. Depois de alguns minutos me retirei do recinto com a sensação que naquele instante estava também me despedindo um pouco da minha história.
São dias muito tristes,
Tempos difíceis,
Mas Esperança existe,
A chance persiste,
Haroldo não desiste.
Por mais susto que dê,
É Forte como Maciste,
A vida vai vencer.
Quem subiu correnteza,
Percorreu o sertão,
Caminhou na caatinga,
Fincou frutos no chão,
Não se vai desse jeito,
Só tomba em combate,
Com armas na mão.
Um orador vibrante,
De grande coração,
Por toda vida lutou,
Sempre muita paixão,
Já botou pra quebrar,
Jamais vai viajar,
Sem a revolução.
Daqui uns dias estará,
Alegre entre nós,
chamando de baixinhos,
Levantando sua voz,
Referência pra todos,
Guerreiro do povo,
Um dos nossos heróis.
Escapou de armadilhas,
Livrou-se de tocaias,
Pulou muitas fogueiras,
Soltou muitas jandaias,
Navegou muitos mares,
Fugiu das arraias.
Suas veias tem sangue,
E águas do Araguaia.
Peçam logo ao Doutor,
Para dizer a ele,
Que escuta um barulho,
Ainda distante,
Que é povo marchando,
Com gritos radiantes,
Querendo ouvir Haroldo,
O seu comandante.
Ele vai com certeza,
No mesmo instante,
Arrancar esses tubos,
Se curar de tudo,
Descer para a rua,
Soprar num berrante,
Que a praça é do povo,
Assim é Haroldo,
Tem alma de Gigante.
Boa sorte camarada.
Estamos te esperando.
Renildo Calheiros
Não existe vácuo de poder.
Quem
está alguma década na política, sabe que o poder não aceita o vácuo: quem o
detém, precisa ocupar todos os seus espaços, com esta implicação: todos os que
contam com alguma parcela dele, disputam com os demais detentores a
preponderância em cada um dos espaços.
Nesta
semana dois fatos chamaram nossa atenção, a primeira foi à forma de discurso conciliador
e buscando consolidar seu nome dentro de uma frente anti-fascismo que seus
concorrentes estão construindo para isolá-lo na esquerda. O segundo foi às
entrevistas aos jornais europeus e americanos, assumindo uma posição de oposição
a utradireita. A capacidade de Lula se projetar internacionalmente é impressionante,
através do seu carisma e da sua oratória que muitas vezes faz nos lembrar dos
estadistas do pós-guerra. Assim, como toda astucia de um político experiente, aproveitou
este espaço, para convocar as lideranças das maiores economias a tomarem uma
posição política em relação às vacinas para os países mais pobres.
A
estratégia petista tem como base dois discursos: um interno buscando ferir seu
adversário na legitimidade do poder e um segundo, mostrando a Europa através do
El País, Le Monde e aos Estados Unidos pela CNN internacional, o perigo que um
genocida pode causar a uma nação e ao mundo
Com
relação ainda as articulações internas, o petista precisa formar uma frente que
transcenda a bolha de esquerda e passe a deslocar o centro como fez em 2002 e
assim possa não só ter chances reais de se eleger, mas de criar uma coalizão
que lhe der garantias de governabilidade.
A reforma dos cargos de confiança pode dar nova dinâmica à administração.
A Câmara Municipal de
Vitória da Conquista, deve realizar por estes dias, a posse da prefeita Sheila
Lemos (DEM). Após o rito, Sheila deixa de ser prefeita interina e toma posse em
definitivo. Com a vacância do cargo da vice-prefeito, em caso de afastamento ou
viagem da chefe do executivo, o presidente da Câmara, Luís Carlos Dudé (DEM), assume interinamente
como prefeito.
As
mudanças esperadas na reforma dos secretários e do segundo e terceiro escalão pode empregar uma nova dinâmica à administração.
Isto
não tem nada haver com as caças as bruxas, mas com a forma de governar e o
estilo administrativo da nova prefeita. Com a morte de Herzem, Sheila deixa de
ser interina e passa assumir as funções de chefe do poder municipal em definitivo. Assim, acreditamos que a prefeita deva
está preparando uma reforma no secretariado, com características técnicas sem
perder o perfil político que o cargo exige.
O
mundo político vai conhecer uma prefeita muito mais preocupada com a cidade do
que com a reeleição, por dois motivos: primeiro ela precisa construir uma
identidade própria e buscar se descolar da imagem da antiga administração;
segundo, o momento em que passa o país, com várias crises, que vai de sanitária
a econômica exige da prefeita capacidade de mobilização e articulação política.
Com certeza esta reforma trará para a nossa cidade um novo governo, com novos
projetos e políticas públicas mais abrangentes.
Em
questão de convicção não mudo.
Em
questão de convicção não mudo. Posso ficar sozinho, mas não mudo. Não vale a
pena me perguntas se mudo a minha posição em relação aos valores que tenho
defendido. Em questões de convicção, posso ficar sozinho e já fiquei algumas
vezes na vida, mas não mudei. Só assim é que faz sentido a vida, não é só na
política é em todo o seguimento da vida.
Eu sempre tive
uma posição extremamente diferente da maioria daqueles que militavam comigo,
enquanto meus companheiros e contemporâneas lutavam para derrubar os muros, eu
lutava para abrir os portões e tentar botar o maximo de pessoas pra dentro.
Desde aquela época sempre fiquei muito exposto, mas essa exposição e essa
pressão não tiveram o condão de fazer com que eu me afastasse um milímetro
sequer das minhas convicções.
E
se Lula tivesse sido exilado?
O
futuro e a História poderão classificar este momento em que estamos vivendo,
como uma grande oportunidade para o Brasil se encontrar como nação e marchar
sem olhar para trás para um tempo de política decente, economia dinâmica,
sociedade justa e ecologia sustentada. Só Lula como líder, poderá alcançar estes
feitos, nosso Mandela, o Mandela brasileiro.
Por
não se apegar ao poder, por ter um causa transformadora, por ter visão
progressista, Lula traz essa oportunidade ao Brasil. Mesmo passando por tudo
que a historio lhe proporcionou, não ficou um político conservador, apegado ao
poder e ao imediato, foi o estadista-metalúrgico que o Brasil esperava e
precisava.
Hoje,
ele dar sua contribuição, sem exigir autocrítica daqueles que votaram em Bolsonaro,
que mandaram lhe prender ou que deram um golpe na democracia, uma autocrítica admitindo
onde errou, pedindo desculpas – a ele e ao PT. Este seria o momento de nós
políticos brasileiros olharmos o futuro e não ficarmos responsabilizando a
metade do país, porque estas metades estão dentro da nossa casa. O importante
neste momento é saber como faremos para que o Brasil volte entrar na rota da
esperança de um futuro melhor?
Lula
aparece para o mundo como um estadista e uma liderança que pode salvar o seu
país. Apesar disto, a oposição gostaria que no lugar disso, Lula e o PT cometessem
equívocos: influenciassem seguidores, defendessem que se rasguem as leis para
que mantivessem sua candidatura fora da democracia. E os opositores comemorando
a condenação de Lula, a perplexidade do PT.
Existe também,
outro processo que está em andamento pelo STF, que poderá ter uma repercussão
direta no seu destino pessoal e político: a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro,
acusado de parcialidade nos processos que moveu contra ele. Caso essa
parcialidade seja juridicamente comprovada, os processos contra Lula caem por
terra.
Todas estas
reviravoltas, que parecem confirmar o que a defesa de Lula sempre disse desde o
primeiro dia, tornaram-se previsíveis com as primeiras revelações, meses atrás,
dos métodos inquisitórios usados pelos procuradores de Curitiba para acusarem
quem eles achavam, com razão ou sem ela, culpados.
Ficamos
estupefatos com o seqüestro político do sistema de justiça, como as supremas
cortes deixaram que instâncias menores selecionassem e punissem corruptos
convenientes, junto com inocentes cuja culpa é fazer oposição, enquanto
autorizava a corrupção dos cortesãos. Foi o que aconteceu claramente com a
operação Lava-Jato (sem falar das questões geopolíticas, cujo resultado foi à
destruição das multinacionais brasileiras.
A verdade é que a
corrupção no Brasil, é tão antigo quanto o país, não foi inventada pelo PT, assim
como não acabou com a chegada de Bolsonaro. Infelizmente, o que presenciamos
com o jacobinismo judicial protagonizado pelos procuradores curitibanos são a
anulação de investigações e o triunfo da impunidade. Os delitos (a palavra é
essa) desses procuradores, bem como do juiz Sérgio Moro, deram argumentos
"fortes e fundamentados" aos que querem anistia geral para todos os
envolvidos, de fato, em práticas de corrupção.
Outro fato que só
os fanáticos bolsonaristas ou antipetistas se recusam a ver é que, além de não
ter acabado nem com a corrupção nem com a "velha política", Bolsonaro
não é, a rigor, comparável a Lula: o primeiro é um saudosista da ditadura
militar, um protofascista, racista, misógino, anticiência, instrumento da
política ferozmente neoliberal que corrói a democracia em todo o mundo, com
pretensões a "representar" o trumpismo na arena internacional; o
segundo não tem nenhum projeto ditatorial para o Brasil, é politicamente um
social-democrata, defensor do consenso entre capital e trabalho, como o
demonstraram os seus dois governos, hábil negociador, capaz de ceder quando
necessário.
Uniões
homossexuais e a Igreja
A imprensa de um modo geral
destacou nas primeiras páginas de seus jornais, que o Papa Francisco rejeitou toda
e qualquer benção a uniões homossexuais. Quando Francisco aprova os avanços que
a Igreja precisa, a modernidade bate palmas e chama-o de santo, quando o Papa
recua em algumas questões para consolidar estas conquistas já obtidas, passam a
chamar de conservador.
Esta decisão só pode desapontar os
católicos que não entendem como é difícil pastorear uma Igreja onde as culturas
não são uniformes e temos a responsabilidade de não chocar ou dilacerar o
sagrado do outro. Temos que entender
esta decisão e apoiar a abertura do atual Sumo Pontífice católico, cada decisão
tomada tem seu tempo e sua dinâmica própria.
Este documento é fruto de uma
resposta da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que recebem constantemente
perguntas a estas questões de dioceses de vários países sobre se a prática era
permitida. Apesar de a resposta ter sido não, aqueles que só enxergam o lado negativo
omite da opinião pública, que o Pontífice reconhece a existência “de elementos
positivos” nas uniões entre pessoas do mesmo sexo, mas frisa que não pode haver
lugar a bênção, “pois os elementos positivos existem no contexto de uma união
não ordenada no plano do Criador”.
O Vaticano reitera, ainda assim, o
apoio aos homossexuais que vivem de acordo com a doutrina cristã. Este esclarecimento tornou-se urgente ante pressões para que seja
institucionalizada uma prática já corrente em alguns países. É o caso de EUA e
Alemanha, onde muitos sacerdotes abençoam uniões entre homossexuais, apesar de
não serem casamentos para a Igreja.
Precisamos
urgente de uma reforma no MP e na Justiça
Dizem
os mais velhos, que é nos momentos mais difíceis que as pessoas se revelam.
Diante dos golpes e ataques a nossa democracia, acredito que é assim também com
as nossas instituições.
A certeza da impunidade é tanta que, quando alguém tem
coragem de apontar os erros e abusos desta casta do funcionalismo público que
se instalou no estado brasileiro, eles, os procuradores, se reagrupam como anticorpos
para se defender como corporação. Foi assim que aconteceu nestes sábado 13,
quando mais de mil integrantes do Ministério Público
lançaram um manifesto de apoio ao trabalho dos procuradores da Operação
Lava-Jato e criticando o que chamaram de "impropérios
retóricos" dos ministros Gilmar Mendes e
Ricardo Lewandowski do Supremo
Tribunal Federal. O que estes procuradores querem defender e justificar como normalidade,
é a fraude jurídica operada por Sergio Moro
e pelo coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Como é triste chegar a esta
constatação. O corporativismo no Ministério Público tenta esconder ou aceita
como normal às combinações e os acertos dos mecanismos que buscava levar a um
modus operandi para forjar a condenação de réus.
Será que um dia estes
membros do Ministério Público que assinaram este documento pedirão desculpas a
nação por ter defendido a subversão da legalidade e das garantias democráticas
asseguradas pelo pacto constitucional de 1988. Os procuradores que seus pares
defendem no documento, foram uma espécie de “cavalo de troia” do golpismo,
favorecendo a emergência de uma campanha demagógica de criminalização da
política, em especial do Partido dos Trabalhadores (PT). O chamado lavajatismo
foi um dos fatores que possibilitou a ascensão do fenômeno político da extrema
direita bolsonarista ao governo federal.
A geração que fez a diferença! Decorridos tantos anos do fim da ditadura, observa-se que a geração da utopia está partindo e a nova...