Não existe vácuo de poder.
Quem
está alguma década na política, sabe que o poder não aceita o vácuo: quem o
detém, precisa ocupar todos os seus espaços, com esta implicação: todos os que
contam com alguma parcela dele, disputam com os demais detentores a
preponderância em cada um dos espaços.
Nesta
semana dois fatos chamaram nossa atenção, a primeira foi à forma de discurso conciliador
e buscando consolidar seu nome dentro de uma frente anti-fascismo que seus
concorrentes estão construindo para isolá-lo na esquerda. O segundo foi às
entrevistas aos jornais europeus e americanos, assumindo uma posição de oposição
a utradireita. A capacidade de Lula se projetar internacionalmente é impressionante,
através do seu carisma e da sua oratória que muitas vezes faz nos lembrar dos
estadistas do pós-guerra. Assim, como toda astucia de um político experiente, aproveitou
este espaço, para convocar as lideranças das maiores economias a tomarem uma
posição política em relação às vacinas para os países mais pobres.
A
estratégia petista tem como base dois discursos: um interno buscando ferir seu
adversário na legitimidade do poder e um segundo, mostrando a Europa através do
El País, Le Monde e aos Estados Unidos pela CNN internacional, o perigo que um
genocida pode causar a uma nação e ao mundo
Com
relação ainda as articulações internas, o petista precisa formar uma frente que
transcenda a bolha de esquerda e passe a deslocar o centro como fez em 2002 e
assim possa não só ter chances reais de se eleger, mas de criar uma coalizão
que lhe der garantias de governabilidade.
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