terça-feira, 16 de março de 2021

ARTIGO - Uniões homossexuais e a Igreja (Padre Carlos)

 

 Uniões homossexuais e a Igreja

 


 

A imprensa de um modo geral destacou nas primeiras páginas de seus jornais, que o Papa Francisco rejeitou toda e qualquer benção a uniões homossexuais. Quando Francisco aprova os avanços que a Igreja precisa, a modernidade bate palmas e chama-o de santo, quando o Papa recua em algumas questões para consolidar estas conquistas já obtidas, passam a chamar de conservador.

 


    O Sumo Pontífice aprovou um documento na Congregação para a Doutrina da Fé que visa esclarecer dúvidas de dioceses de vários países. O Vaticano anunciou nesta segunda-feira que o Papa Francisco recusa abençoar as uniões de casais homossexuais. Um tema como este não pode partir do Papa, tem que ser fruto de um concílio e por mais que queiramos avançar, temos que entender que a nossa Igreja está longe de chegar à maturidade das Dioceses dos Estados Unidos e da Alemanha.

Esta decisão só pode desapontar os católicos que não entendem como é difícil pastorear uma Igreja onde as culturas não são uniformes e temos a responsabilidade de não chocar ou dilacerar o sagrado do outro.  Temos que entender esta decisão e apoiar a abertura do atual Sumo Pontífice católico, cada decisão tomada tem seu tempo e sua dinâmica própria.

 

Este documento é fruto de uma resposta da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que recebem constantemente perguntas a estas questões de dioceses de vários países sobre se a prática era permitida. Apesar de a resposta ter sido não, aqueles que só enxergam o lado negativo omite da opinião pública, que o Pontífice reconhece a existência “de elementos positivos” nas uniões entre pessoas do mesmo sexo, mas frisa que não pode haver lugar a bênção, “pois os elementos positivos existem no contexto de uma união não ordenada no plano do Criador”.

O Vaticano reitera, ainda assim, o apoio aos homossexuais que vivem de acordo com a doutrina cristã. Este esclarecimento tornou-se urgente ante pressões para que seja institucionalizada uma prática já corrente em alguns países. É o caso de EUA e Alemanha, onde muitos sacerdotes abençoam uniões entre homossexuais, apesar de não serem casamentos para a Igreja.

    
     Já em 2020 o Vaticano tinha sido forçado a falar do tema depois de um documentário que revelava posições do Papa em relação aos direitos civis destes casais, assim muitos órgão da imprensa do primeiro mundo retratou este tema como se o Papa estivesse apoiando as uniões gay com o Sacramento. A Santa Sé esclareceu que Francisco se referiu a proteções legais e não a uma aprovação da Igreja.

2 comentários:

diacisio disse...

Mas qual é a sua opinião pessoal, padre Carlos, sabendo que uma grande parcela dos sacerdotes são homossexuais e muitos vivem.relacionentos estáveis mesmo que não seja explícito, e outros tantos vivem relações homoafetivas com mais de uma pessoa? Fico imaginando como.deve soar pata esses nossos irmãos essa postura.

Carlos Roberto Pereira disse...

Prezado amigo,

Eu venho de uma escola misericordiosa e não justa. Meu Deus é misericordioso e acolhe e perdoa seus filhos. “não julgue, para não ser julgado. A medida que usar, também será usada para medir você”. Sei que o amor é a medida de tudo e o perdão está nele.

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