As mulheres e
a elite política
Dia
Internacional da Mulher e a visão machista do presidente do Brasil,
Já faz alguns anos que nesta data em que
celebramos o Dia Internacional da Mulher, um presidente do Brasil, lembrou o
povo do papel da mulher preponderante em diferentes áreas sociais. Ele
limitou-se a chamar à atenção para a competência das mulheres nas compras
de supermercado e afazeres domésticos, num discurso que deixou indignado a opinião
pública pelo descrédito deste presidente face ao gênero feminino. Quando
levantamos estas questões, queremos chamar a atenção dos leitores que não se
trata de uma opinião simplória, estamos falando da opinião do mais alto
mandatário da nação. A visão machista de o ex-presidente Michel Temer,
representa uma cultua que até hoje povoa o imaginário masculino e são
compostas de supostos “cuidados e proteção”.
Sobre o
crescimento econômico que Michel Temer esperava para o país, salientava que
as mulheres tinha no seu governo uma “possibilidade de empregabilidade que não
tinha no ano passado” e que, com a “queda da inflação e dos juros” que não se
concretizou nem o fim da recessão, as mulheres iriam conseguir empregos
para conciliar com os “afazeres domésticos”.
E acrescentava:
“Se a sociedade vai bem, se os filhos crescem, é porque tiveram adequada
formação em casa e, seguramente, quem faz isso não é o homem, é a mulher”,
sugerindo que o papel da educação cabe apenas e exclusivamente à mulher,
que ocupa um “segundo grau” na sociedade.
Diante deste quadro machista e protetor,
colocando a mulher em uma situação submissa, a sociedade evoluiu para o que há de
pior e foi buscar em seus quadros da elite política, sua verdadeira natureza. Nossa sociedade é
violenta contra as populações marginalizadas e as mulheres compõem essa
população. Por isto votou no político que diz: que uma deputada não merecia ser
estuprada porque ele a considera "muito feia" e porque
ela "não faz" seu "tipo". A culpa da violência sexual nunca é
das mulheres. Temos que educar os “meninos” a não estuprar. Hoje eles aprendem
que uma menina que se veste de uma determinada forma está provocando e que eles
têm uma pretensa autorização para fazer uso daquele corpo que está sendo
exposto.
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