A responsabilidade com os leitores
Já faz algum tempo
que encontrei com alguns amigos em uma manifestação no centro da cidade e na
oportunidade, falávamos sobre a necessidade de ampliar o número de companheiros
dentro e fora do partido que pudessem contribuir na produção de artigos que levassem
a nossa juventude a discernir melhor. Assim, fiquei pensando cá com os meus
botões sobre esta questão. Como falar para uma juventude sem passar os vícios e
certezas, impondo assim minhas verdades? Não há como ser neutro ou imparcial.
Toda escrita expressa visão de mundo, concepções sobre a realidade social. Escrever
é posicionar-se perante si mesmo, os outros e o mundo no qual vivemos.
Gosto de pensar a
escrita com a metáfora de pontes que possibilitam a relação entre indivíduos
diversos. Acho que Lenine consegue expressar o que sinto quando escrevo: “A
ponte não é de concreto, não é de ferro. Não é de cimento. A ponte é até onde
vai o meu pensamento.” Com isto, as pontes podem ter uma atitude positiva,
construtiva. As palavras, é claro, também podem ter conotação negativa, ou
seja, também se presta a destruir pontes, separar pessoas, detonar relações
humanas. De fato, mesmo quando escrevemos com intenções construtivas, o
resultado pode ser o inverso. Costumo dizer que existem penas mais afiadas que
uma espada e tão venenosa quanto qualquer serpente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário