quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ARTIGO - Câmara dos Deputados rejeita projeto para instituir voto impresso no Brasil (Padre Carlos)

 

 

 

Após derrota do voto impresso, Bolsonaro diz que eleições de 2022 não serão confiáveis

 


A democracia, como disse Churchill, "é a pior forma de Governo, à exceção de todos os outros já experimentados ao longo da história". É um sistema tão ingênuo e imperfeito, que permite eleger aqueles que tudo farão para destruí-la. Assim, esta pobre Senhora, foi obrigada a aceitar a extrema-direita, mesmo sabendo da suas reais intenções.


Desta forma, quando Bolsonaro desencadeou uma forte campanha contra as urnas eletrônicas e chegou a acusar membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participarem de um 'complot' para fraudar as eleições presidenciais de 2022 em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as sondagens de intenção de voto sobre as presidenciais, ele tinha como objetivo transformar o sistema eleitoral impreciso e frágil, para poder questionar o resultado.

A suposta demonstração de força com uma sucateada Força Armada tinha como objetivo testar a estabilidade das instituições brasileira. Não é de hoje que o presidente vem questionando a lisura do sistema eleitoral, fórmula bastante comum usada por perdedores para instigar ações antidemocráticas, cujo exemplo mais recente ocorreu em janeiro deste ano nos Estados Unidos da América quando, estimulados pelo derrotado Donald Trump, extremistas invadiram o Capitólio na tentativa de barrar a posse do presidente eleito, Joe Biden.

Ao ser derrotado pela Câmara dos Deputados que rejeitou na noite desta terça-feira o projeto de lei que pretendia instituir o voto impresso no país, Bolsonaro fala para seus seguidores que o resultado de 2022, não será confiável. Na verdade, a oposição termina esvaziando o discurso golpista e impõe uma derrota a Bolsonaro em dia de blindados

         Os parlamentares na sua maioria terminaram mandando um recado para o presidente: Bolsonaro pode muito, mas não pode tudo.  Não podemos esquecer que foi uma vitória apertada e só conseguimos enterra de vez esta manobra, devido à ausência de uma parte da direita que preferiu se ausentar que votar contra o governo. Numa sessão marcada pela ausência de 65 parlamentares, registraram 218 votos contra, 229 a favor e uma abstenção.


O projeto foi apresentado como emenda constitucional e, portanto, exigiria a aprovação de pelo menos três quintos dos membros da Câmara dos Deputados, ou seja, de 308 do total de 513 deputados. Com a decisão do plenário, a proposta será arquivada.

        Ao anunciar o resultado, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou que "a democracia do plenário (...) deu uma resposta".

 

 

 

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