Fogo Amigo
contra Rui Costa.
Fazer política usando do Fogo
Amigo como meio é legitimar a premissa de que a política é uma continuação da
guerra por outros meios. Assim, ao invés de balas e explosivos, são usadas hoje
as ideias. E representam posições em disputa na área pública.
Foi só Lula sinaliza para
alguns aliados que estava pensando em convidar o governador da Bahia, Rui
Costa, para chefiar a Casa Civil, para começar o fogo amigo do PT contra ele. Quero
aqui lembrar que atingir um companheiro como Rui que sempre empunhou a
bandeiras do partido, a pretexto de combater o “inimigo principal” não é nem
correto e sequer eficiente para o nosso objetivo estratégico maior que é a
defesa da vida.
Os ataques partem
principalmente de integrantes do PT de São Paulo que não aceita perder o
protagonismo no governo. Chega ser piada a crítica feita a Rui, elas estão baseadas
que o governador não teria domínio de temas nacionais para chefiar a Casa Civil
e não teria bom trânsito na classe política. O problema de quem adota esse
método na política – o de atingir amigos e inimigos indistintamente – é passar
a não mais distinguir um do outro. Aí então, “amigo” é aquele que está de
acordo com a minha tática do momento e “inimigo” todo aquele que não colabora
diretamente com o meu projeto ou não age de acordo com os meus interesses.
Ao ouvir este monte de
veneno, Lula respondeu: “Rui Costa foi um elemento fundamental dos governos de
Jaques Wagner na Bahia, tal qual Dilma Rousseff foi ao meu.” E acrescentou a boa
situação financeira que vive a Bahia, fala por si.