Jerónimo de Sousa deixa a direção do PCP após 18 anos de luta
Quando a imprensa portuguesa anunciou,
neste sábado, que Jerónimo de Sousa iria deixara secretaria geral do Partido
Comunista Português depois de 18 anos a sua frente, não acreditei e lembrei que
tem pessoas que parecem eternas. Você também já teve essa impressão? Assim foi
com O Velho no Partidão, João Amazonas, Álvaro Cunhal, Oscar Niemeyer e
tantos outros. Eram figuras que pareciam assim, e a certeza que eles estavam lá
na sua atividade, criava uma certeza que também éramos imortais.
Depois de avaliar seu estado de saúde e
ouvir o clamor da família, Jerónimo de Sousa, resolve deixar a direção do PCP e
ajudar os companheiros como membro do Comitê Central. As exigências e
responsabilidades correspondentes ao cargo foram o verdadeiro motivo para
colocar em pauta a questão a respeito da sua substituição.
Quero destacar aqui a grande dedicação
e empenho em que assumiu estas elevadas responsabilidades, por um longo
período. Por isto, este velho comunista vai continuar sendo para todos nós, exemplo
de compromisso com projeto do PCP e do ideal comunista dos países
de língua portuguesa. O amor que dedicou ao serviço dos trabalhadores, do povo
e do País, da paz, da amizade e solidariedade entre os povos, bem como a disposição
de prosseguir a sua ação militante, tem comovido os companheiros por este mundo
a fora.
No seu lugar, assume o companheiro Paulo
Raimundo, que é de uma geração mais jovem, com uma história de vida marcada por
uma experiência diversificada, com grande capacidade de articulação e inserção
no coletivo. Estas qualidades demostra o preparo e a capacidade que está
associada à dimensão pública e a identificação com os trabalhadores, as massas
populares, com o Partido, suas organizações e militantes.
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