domingo, 6 de agosto de 2023

ARTIGO - Ex-ajudante de Bolsonaro tenta vender relógio de ouro oferecido ao Brasil pelo Rei da Arábia Saudita. (Padre Carlos)

 


É preciso dar o nome para este suposto crime. 
Isto vai além de peculato


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     No centro de mais uma polêmica, o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para saber se foi ele quem mandou tentar vender ilicitamente uma joia oferecida ao Brasil durante viagens oficiais. O objeto em questão é um relógio Rolex em ouro cravejado de platina e pedras preciosas, presente do rei da Arábia Saudita, Salman Bin Abdulaziz Al Saud.

     A descoberta dessa tentativa ilegal de venda veio à tona por meio de mensagens eletrônicas trocadas pelo então ajudante-de-campo da presidência, tenente-coronel Mauro Cid, que está atualmente preso. O militar informou a uma interessada estrangeira que o relógio não possuía certificado de origem, uma vez que se tratava de um presente oficial.

  Esse episódio se junta às investigações em andamento sobre as supostas tentativas de Bolsonaro  apropriar-se de outras joias de alto valor oferecidas oficialmente ao Estado brasileiro, mas que não foram declaradas nem incorporadas ao patrimônio público, como determina a lei. Inclusive, o STF analisa a possibilidade de prisão do ex-governante por suspeita de peculato.

   Entre os presentes recebidos durante seu mandato estão diversos pacotes com joias de milhões, além do relógio Rolex, como uma caneta, um anel masculino e um rosário islâmico, tudo em ouro e pedras preciosas.

    O relógio é de Bolsonaro ou é de propriedade do Estado brasileiro? O ex-presidente não tinha o direito de vendê-lo. Além disso, as mensagens do correio eletrônico trocadas pelo tenente-coronel Mauro Cid mostram claramente que estavam tentando vender o relógio.

    O caso do relógio de Bolsonaro é mais um exemplo da corrupção e da impunidade que marcaram este  governo. É importante que a imprensa brasileira cobre esse caso de forma imparcial e que exija que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus crimes.

     O crime de peculato é definido pelo Código Penal como "apropriar-se, desviar ou empregar, em proveito próprio ou de outrem, bens ou rendas públicas que não lhe pertençam, por qualquer título."

No caso do relógio de Bolsonaro, o ex-ajudante de ordem, não se sabe a mando de quem, se apropriou de um bem público que não lhe pertencia. O relógio era de propriedade do Estado brasileiro e os supostos criminosos não tinham o direito de vendê-lo.

O crime de peculato é um crime grave que pode ser punido com prisão de 2 a 12 anos.

      Essa tentativa de venda do relógio oferecido pelo Rei da Arábia Saudita levanta questionamentos sobre a ética e a transparência nas relações diplomáticas, além de levantar suspeitas sobre o uso indevido de bens públicos. Resta aguardar os desdobramentos das investigações e as possíveis consequências para o ex-presidente e seus envolvidos. O país aguarda por respostas e punições que assegurem a responsabilização dos responsáveis por esses atos que ameaçam a integridade das instituições democráticas.

 


 

 

 

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