quarta-feira, 23 de março de 2022

ARTIGO - A honestidade intelectual nas pesquisas (Padre Carlos)

 


A honestidade intelectual nas pesquisas 

 

 


Quando o professor Wilton Cunha me mostrou o relatório com que fez as primeiras análises da Pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje (23) pude entender porque a honestidade intelectual é a pedra angular do discurso ético moderno.  É a busca da verdade que interessa ao verdadeiro profissional, mesmo que isso vá contra suas próprias crenças ou narrativas anteriores.

Para ele o resultado não diz respeito mesmo concordando ou discordando da ideologia, como professor da área não permite que suas crenças em relação às opiniões de um terceiro alterem sua busca pela verdade.

Assim ele passa a definir: os números aponta que o ex-prefeito de Salvador (BA) ACM Neto (União Brasil) tem uma folgada vantagem na disputa pelo Palácio da Ondina. Nos dois cenários testados pelo instituto, Neto lidera com mais de 60% das intenções de voto.

No primeiro cenário, Neto aparece com 66%. Na segunda posição ocorre um empate entre o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), e o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues (PT). Roma tem 5% e Rodrigues registra 4%. Kleber Rosa (PSOL) aparece com 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 23%.

No segundo cenário, Neto lidera com 69%. Em seguida aparecem Rodrigues (6%) e Rosa (3%). Brancos, nulos e indecisos somam 22%.

Mesmo com Jerônimo Rodrigues sendo associado ao ex-presidente Lula (PT), a liderança permanece com ACM Neto. Nesse cenário, Neto, como candidato independente, ou seja, sem apoiar ninguém na eleição presidencial, lidera com 43% das intenções de voto. Rodrigues, apoiado por Lula, aparece em segundo lugar com 37%. E João Roma, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), fica com 9%. Brancos, nulos e indecisos somam 12%.

Quando vejo os blogs ligados à esquerda divulgando resultados que fogem a realidade passo a entender que a honestidade intelectual não exige você ser imparcial. Não há falha ética ao defender aquilo que você acredita, desde que você justifique com retidão.

A questão é: quando alguém começa a omitir fatos duvidosos para manter uma narrativa, este alguém está sendo intelectualmente desonesto.

 

 

 


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